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Quinta-feira, 01 de agosto de 2024

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Contumaz neste tipo de crime

Advogada que ficou com dinheiro de criança com paralisia cerebral era assessora jurídica de órgão municipal

Foto: Rogério Florentino/Olhar Direto

Advogada que ficou com dinheiro de criança com paralisia cerebral era assessora jurídica de órgão municipal
A advogada de 44 anos, que não teve o nome divulgado, presa na última terça-feira (27), em uma ação conjunta das delegacias de Barra do Bugres e de Confresa, por ficar com o dinheiro de uma causa ganha pela mãe de criança com paralisia cerebral, atuava como assessora jurídica em um órgão de Barra do Bugres (176 quilômetros de Cuiabá) e era contumaz neste tipo de golpe.


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A partir das informações levadas pela mãe da criança, a delegacia passou a investigar o caso e verificou que a advogada já responde a outro inquérito policial utilizando-se do mesmo modus operandi, além de estar vinculada como suspeita em vários boletins de ocorrência.

Depois da representação do delegado pela prisão e deferimento pela Justiça, os investigadores de Barra do Bugres apuraram que advogada teria se mudado da cidade e estava residindo e trabalhando em Confresa, na região do Araguaia, atuando como assessora jurídica em um órgão do município.

O caso

Um inquérito foi instaurado para apurar a situação de uma vítima que contratou os serviços da advogada para ingressar com uma ação de concessão de benefício assistencial e após a causa ganha, a profissional se apropriou indevidamente do valor da ação.

Após a investigação, o delegado Rodolpho Bandeira representou pela prisão da advogada, sendo o pedido deferido pela 3ª Vara Criminal da Comarca de Barra do Bugres.

Em março deste ano, a Polícia Civil tomou conhecimento de que a vítima, mãe de uma criança com paralisia cerebral, havia contratado em 2016, os serviços da advogada para mover uma ação requerendo benefício de assistência ao filho, que tem deficiência.

O processo transitou em julgado (quando não cabe mais recurso, com sentença definitiva) no mês de setembro de 2018. Desde então, a mãe da criança vinha tentando obter informações sobre a ação com a advogada, inclusive sobre os valores a serem recebidos, mas a profissional sempre se “esquivava”, a ponto de ignorar as mensagens recebidas e não dava nenhuma satisfação para a cliente.

A mãe da criança então procurou o fórum de Barra do Bugres e descobriu que a advogada já teria resgatado todo o valor da causa no dia 23/11/2018, ou seja, dois meses depois de ganharem a ação. Inconformada com a falta de ética e profissionalismo da advogada, a mãe da criança procurou a Polícia Civil.

A equipe policial entrou em contato com a Delegacia de Confresa, que fez a prisão da profissional. No inquérito aberto na Delegacia de Barra do Bugres, a advogada será indiciada pelo crime de apropriação indébita majorada, em razão da profissão.
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