O temor de especialistas e autoridades em Saúde com a realização da Copa América de 2021 no Brasil parece ter se confirmado. Amostras colhidas em Mato Grosso, de integrantes das seleções de Colômbia e Equador, mostram que duas pessoas diferentes estavam carregando a variante de interesse B. 1.216, até então inédita em território brasileiro.
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A análise foi feita pelo Instituto Adolfo Lutz, de São Paulo. Os testes positivos foram de um colombiano e um equatoriano. As duas seleções se enfrentaram no dia 13 de junho, em Cuiabá, data dos dois primeiros jogos do torneio.
Após confirmar a identificação da nova variável, o Adolfo Lutz enviou alertas para o Estado do Mato Grosso, território onde o material foi coletado
A variante encontrada nos testes é originária da Colômbia, mas já chegou no Caribe, nos Estados Unidos e em algumas localidades da Europa. Variantes de interesse, como a B 1.216, são aquelas mutações que precisam ser acompanhadas mas que, até o momento, não trouxeram indicação de desenvolverem formas mais letais ou contagiosas da doença. Há ainda as variantes de preocupação, como a Delta, que têm essas características.
No último balanço divulgado pela Conmebol, em 24 de junho, 166 pessoas relacionadas à Copa América estavam com o vírus. Os Estados mandaram para o instituto fazer a sequência de amostras vindas dos jogadores, comissão e delegações dos países.
A possibilidade que jogadores estrangeiros que viessem ao Brasil pudessem trazer novas variantes do coronavírus foi um dos motivos para especialistas e autoridades criticarem a realização do torneio no País.
Alguns Estados, como São Paulo, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Minas Gerais e Rio Grande do Sul chegaram a vetar a realização de partidas em seus Estados.
Com informações do Estadão