Levantamento que consta no 1º Informe Epidemiológico de 2022 sobre a Covid-19, realizado por pesquisadores da Universidade Federal de Mato Grosso, com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), mostra que 40% dos adolescentes (12 a 18 anos) que tomaram a primeira dose não retornaram parar receber a segunda aplicação.

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Considerando o número de primeiras doses da vacina contra Covid-19 aplicadas em indivíduos de 12 anos e mais (417.046) e também o prazo estabelecido para receber a 2ª dose, foi verificado que 43.614 (11,2%) pessoas ainda não compareceram para recebê-la, ou seja, estão em atraso com o esquema vacinal e, portanto, não imunizadas.
 
O percentual de pessoas em atraso é mais elevado nas menores faixas etárias, como adolescentes de 12 a 18 anos, na qual cerca de 40% ainda não procuraram as unidades para receber a 2ª dose da vacina. Por outro lado, 95,8% dos idosos de 80 anos e mais já receberam a segunda aplicação.
 
Até 29 de janeiro de 2022, foram aplicadas 879.4298 doses de vacina contra a Covid-19 em residentes de Cuiabá, sendo 417.599 (72,7% da população) com a primeira dose e 365.487 (66,0%) com a segunda dose, ou seja, 87,5% das pessoas que tomaram a primeira dose estão efetivamente imunizadas.
 
A cobertura vacinal com duas doses/dose única atingiu 73,8% da meta da população de 12 anos e mais de idade, índice ainda insuficiente em termos de saúde pública para um cenário de total segurança.
 
Ficou constatado ainda que apenas 16,2% da população alvo recebeu a dose de reforço, atualmente considerada essencial no controle da pandemia.

Dados do setor de Vigilância em Saúde da Secretaria Estadual de Saúde (SES) apontam que cerca de 1,2 milhão de pessoas  com condições para receberem a dose de reforço estão com o esquema vacinal em atraso.

“As pessoas que não receberam a dose de reforço, além de estarem mais suscetíveis à contaminação pelo vírus, podem ainda evoluir para um quadro mais grave da doença, pois a eficácia da vacina é maior com o esquema vacinal completo”, esclareceu o secretário de Estado de Saúde, Gilberto Figueiredo.

De acordo com o secretário adjunto de Vigilância e Atenção à Saúde da SES, Juliano Melo, idosos entre 60 e 80 anos sem a dose de reforço pertencem ao público mais vulnerável para o agravamento da doença. Segundo o gestor, essa faixa etária já tem a idade como fator de risco e muitos já têm comorbidades, o que contribui para uma possível necessidade de internação. 

Os dados levantados pela SES apontam que 178.247 idosos entre 60 e 80 anos estão com a dose de reforço atrasada em Mato Grosso. O levantamento mostra que 339.475 pessoas dessa faixa etária já tomaram a segunda dose, mas somente 161.228 receberam o reforço da vacina.