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Sábado, 27 de julho de 2024

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Por tempo indeterminado

Carteiros alegam precarização do trabalho, retirada de adicional e cruzam os braços nesta terça-feira

Foto: Reprodução

Carteiros alegam precarização do trabalho, retirada de adicional e cruzam os braços nesta terça-feira
Os carteiros do Centro de Distribuição Domiciliar (CDD) de Várzea Grande (região metropolitana de Cuiabá), prometeram cruzar os braços a partir da próxima terça-feira (15),  por tempo indeterminado. Eles reclamam da precarização do serviço.


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Conforme as informações repassadas pela categoria, os carteiros geralmente usam bicicletas e fizeram o concurso para entregar cartas. Porém, elas foram recolhidas e eles impedidos de sair às ruas para trabalhar.

Segundo o Sindicato dos Trabalhadores nos Correios em Mato Grosso (Sintect-MT), também houve aumento indiscriminado do percurso para os carteiros que estão saindo à rua, de motocicleta. Antes, os que saiam de moto percorriam até 40 quilômetros por dia, sendo que agora estão sendo pelo menos 80.

Além disto, conforme o sindicato, os carteiros saiam com 90 encomendas e agora precisam entregar 240, podendo chegar a até 300. 

Os trabalhadores explicam que a paralisação só foi decidida depois de tentarem, por diversas vezes, um diálogo com o gestor e não conseguirem nenhum avanço.

O sindicato pontua ainda que a ausência dos carteiros na rua trará mais transtornos para os usuários dos serviços postais que já enfrentava problemas por falta de trabalhadores.

Várzea Grande contava diariamente com 25 carteiros nas ruas. Deste total, sete que faziam entregas de bicicletas estão impedidos de sair, há cerca de mês, e a principal consequência disso é que milhares de correspondências simples e de pequeno porte ficam sem serem entregues para a população.

Correspondência simples como extrato do FGTS, senha do google, faturas que são enviados como carta simples estão todas estocadas e vencidas. 

“Se já existia uma deficiência de trabalhadores para atender a demanda prejudicando a empresa, imagina agora com estes carteiros retirados da rua para serviço interno”, observou questionando o diretor jurídico do Sindicato, o advogado Alexandre Aragão.

O fato inclusive tem gerado diversas filas na porta da unidade. O Sindicato tem registrado vários relatos de agressões verbal e física dos trabalhadores.

Quando o carteiro não vai pra rua, ele deixa de receber os 30% do adicional isso equivale à retirada de cerca de R$ 800,00 no salário. "Que economia é essa? Sabemos que os grandes salários são justamente daqueles que ocupam os cargos mais elevados na hierarquia”, observou Aragão.

Nesta segunda-feira, de manhã, eles fizeram panfletagem, antes do início do expediente, para explicar aos trabalhadores dos outros setores e à população em geral porque haverá greve. No fim do dia quando encerra o expediente, haverá outra mobilização.
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