Olhar Direto

Sábado, 27 de julho de 2024

Notícias | Cidades

Veja todos os alvos

Coordenador da Funai, sargento e ex-PM foram presos por compor milícia armada envolvida em esquema de terra indígena

Foto: Reprodução

Coordenador da Funai, sargento e ex-PM foram presos por compor milícia armada envolvida em esquema de terra indígena
A 'Operação Res Capta', deflagrada nesta quinta-feira (17) pela Polícia Federal, prendeu um coordenador da Fundação Nacional do Índio (Funai), um 2º sargento da Polícia Militar do Amazonas e um ex-PM também do mesmo estado. Eles faziam parte da chamada milícia armada envolvida no esquema de corrupção que envolvia fazendeiros, liderança indígena e servidores do órgão federal que realizavam arrendamentos ilegais na Terra Indígena Xavante Marãiwatsédé para desenvolvimento de atividade pecuária.


Leia mais:
Cacique alvo da PF por arrendar terra indígena ilegalmente recebia R$ 900 mil por mês e ganhou até caminhonete de presente

Foram alvos de mandados de prisão: Jussielson Gonçalves Silva; Gerard Maxmiliano Rodrigues de Souza e Enoque Bento de Souza.

Jussielson é militar da reserva e coordenador-regional da Funai de Ribeirão Cascalheira. Gerard Maxmiliano é policial militar da ativa no Amazonas, onde atua como 2º sargento. Enoc é ex-policial militar do mesmo estado que o ex-colega de farda, tendo atuado de 1989 a 2009.

O cacique Damião Paridzané, que segundo as investigações da PF, recebia R$ 900 mil por mês com o arrendamento ilegal de partes da terra indígena para fazendeiros, não foi preso na ação. 

A Justiça determinou medidas cautelares diversas da prisão para o cacique, sob pena de decretação de sua prisão preventiva em caso de descumprimento. Entre os impedimentos estão: firmar parcerias para criação de gado ou qualquer outra forma de exploração da T.I Maraiwatsede e de manter contato com Jussielson e Gerard Maxmiliano. Suas contas foram bloqueadas, mas ele foi autorizado a sacar até R$ 20 mil por mês para despesas.

Também foi expedida ordem judicial para o afastamento de Thaiana Ribeiro Viana das suas funções na Funai. 

Outros que foram alvos de medidas cautelares foram: Aldemy Bento da Rocha, Bruno Peres de Lima, Claudio Ferreira da Costa, Derso Portilho Vieira, Ivo Vilela de Medeiros Junior, Gilsom Nunes da Silva, Ivonei Vilela Medeiros, João Victor Borges Correia, Justino Agapito de Oliveira Xerente, Marcos Alves Gomes – Alcunha Marco do Raul, Manoel Pinto de Araujo, Osmair Cintra dos Passos, Saconele, Zaercio Fagundes Golveia e Wilian Paiva Rodrigues.

A Justiça também deferiu busca e apreensão nos endereços de Jussielson, Gerard Maxmiliano e Thaiana Ribeiro, todos em Ribeirão Cascalheira. A sede da Funai na cidade também sofre uma devassa dos agentes da Polícia Federal.

Foi feita ainda a apreensão de uma caminhonete (Toyota Hilux), que foi dada de presente ao cacique. Houve um pedido para que o veículo possa ser, posteriormente, remetido para uso da Polícia Federal.

Na investigação, constatou-se que servidores da Fundação Nacional do Índio (Funai) em Ribeirão Cascalheira/MT, estariam cobrando valores de grandes fazendeiros da região para direcionar e intermediar arrendamentos no interior da Terra Indígena Xavante Marãiwatsédé. 

A tradução literal da palavra em latim Res Capta é coisa tomada, que é justamente o que ocorreu no passado e está ocorrendo atualmente com a Terra Indígena Marãiwatsédé.
Entre no nosso canal do WhatsApp e receba notícias em tempo real, clique aqui

Assine nossa conta no YouTube, clique aqui
 

Comentários no Facebook

Sitevip Internet