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Sábado, 27 de julho de 2024

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Veja nomes de advogados indiciados por ficarem com dinheiro das vítimas em ações judiciais

Foto: Ilustração

Veja nomes de advogados indiciados por ficarem com dinheiro das vítimas em ações judiciais
Investigação da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Derf) de Cuiabá para apurar os crimes de apropriação indébita, estelionato e associação criminosa praticados contra um grupo de vítimas na Capital resultou no indiciamento de oito pessoas, sendo cinco advogados identificados como Dagnel Correa Costa Júnior, Nychollas Andrenio Silva Luz, Thiago de Moraes Fávero, Vinicius Yule Pardi, Jean Cláudio Rodrigues Silva e Beatriz Barbosa Perozo. As informações foram divulgadas pelo Mídia News. 


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De acordo com informações da reportagem, Dagnel foi indiciado pela suspeita de ter cometido os crimes de apropriação indébita e estelionato. Já Nychollas, Thiago, Vinicius, Jean e Beatriz foram indiciados pela acusação de associação criminosa, extorsão, falsificação de documentos e uso de documentos falsos.

A Polícia Civil ainda indiciou o policial militar Lorran Burin Dantas de Figueiredo por associação criminosa, extorsão, falsificação de documento, uso de documentos falsos e violação de sigilo funcional.

O  bacharel em Direito Danilo Jorge dos Reis e Silva, irmão de Dagnel, e a ex-namorada de Lorran, Bárbara Menino de Souza Araújo, também foram indiciados por associação criminosa, extorsão, falsificação de documentos e uso de documentos falsos.

Dagnel seria responsável por percorrer os bairros da Capital para captação de clientes que pretendiam ingressar com ações por danos morais contra empresas de telefonia, de TV por assinatura, serviços públicos de energia e saneamento, bancos, entre outros.

Ainda conforme a reportagem, após ajuizar as ações na Comarca de Cuiabá, algumas sem o consentimento das vítimas, o advogado não repassava os valores recebidos nas indenizações, apropriando-se indevidamente do dinheiro. Em seguida desaparecia, trocando o número telefônico a fim de dificultar sua localização.

No interrogatório, Dagnel confessou ter recebido os valores das ações e afirmou que parte das indenizações foi repassada a advogados que se passavam por representantes das vítimas. Estes advogados também foram indiciados.

Ele descobriu na delegacia que, na verdade, ele próprio havia sido vítima de fraude por parte do grupo formado por outros colegas de profissão, instante em que manifestou interesse em representar criminalmente contra eles.

A Polícia Civil acusa os outros cinco advogados - Nychollas, Thiago, Vinicius, Jean e Beatriz  - de se associarem ao policial militar Lorran e ao bacharel em Direito Danilo para extorquir Dagnel caso ele não passasse uma parte do que havia se apropriado das vítimas.
 
De acordo com o delegado Henrique Trevizan, as vítimas ouvidas na delegacia teriam valores a receber das ações que variavam entre R$ 6 mil e 17 mil.

Com a conclusão do inquérito, o advogado das vítimas foi indiciado por apropriação indébita e estelionato.

O policial militar vai responder por associação criminosa, extorsão, falsificação de documento, uso de documentos falsos e violação de sigilo funcional.

Já os demais do grupo responderão por associação criminosa, extorsão, falsificação de documentos e uso de documentos falsos.
 
Outro lado
 
Ao MidiaNews, o advogado Dagnel Correa Costa Júnior declarou que só irá se manifestar sobre o caso na Justiça.
 
A reportagem não conseguiu contato com os demais envolvidos. 
 
A Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT) declarou que todas as denúncias de infrações éticas e disciplinares são encaminhadas ao Tribunal de Ética e Disciplina (TED) para apuração e regular processamento.

Depois de publicada a reportagem, a defesa de Nychollas Andrenio Silva Luz se manifestou. Veja abaixo: 

A defesa de Nychollas Andrenio Silva Luz vem por meio desta afirmar que ele acreditava estar exercendo regularmente sua profissão, não tendo conhecimento acerca da procuração que foi posteriormente considerada como falsificada, tendo certo que ele foi mais uma vítima deste esquema fraudulento, e que sua inocência será comprovada em eventual processo criminal. Pois o mesmo foi contratado apenas para realizar uma diligência advocatícia, não possuindo nenhuma ligação com o grupo.

 Atualizada às 10h54 do dia 18/03/2022. 
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