O prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) afirmou que, após três anos e meio sem reajuste na tarifa dos ônibus na capital, a situação ficou “insustentável”. Segundo ele, não será mais possível segurar o preço em R$ 4,10 por muito tempo. A Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (Semob) e a Agência Municipal de Regulação de Serviços Públicos Delegados de Cuiabá (Arsec) realizam estudos para verificar as possibilidades. Segundo o Conselho, o preço sugerido seria de R$ 4,95.
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“Eu não posso fugir. E estou bem preocupado. Já tem um aumento que o conselho deu que eleva a tarifa para R$ 4,95, já aumentou, eu que segurei um pouco. Estou tentando evitar porque qual é a lógica do transporte coletivo: ninguém quer dar aumento de tarifa. A gente quer passageiro dentro do ônibus, porque o passageiro dentro do ônibus gira o sistema. Se cai o número de passageiros dentro do ônibus, aí você tem que aumentar a tarifa, e a tendência é só ir criando um círculo vicioso, então está difícil”, lamentou o prefeito na manhã desta segunda-feira (28), durante entrega de seis ônibus com ar condicionado.
Pinheiro afirmou que Cuiabá não tem aumento na tarifa há três anos e meio, e que nenhuma capital do país “segurou” a tarifa por tanto tempo quanto ele fez aqui. No entanto, com o aumento no preço dos combustíveis e a queda no número de passageiros, os proprietários das empresas de ônibus podem “quebrar”.
“Determinei à Semob e à Arsec fazer um estudo e quero esperar o estudo ser concluído para poder anunciar, mas estou muito preocupado, estou acompanhando de perto o Governo Federal, parece que o Congresso está com uma PEC para financiamento do transporte coletivo, que é um alento para todos os municípios, e temos conversado, todas as capitais que eu converso mais estão muito preocupadas. É um momento muito angustiante e vamos ter que tomar providências. Estudos mais definitivos estão sendo concluídos até serem apresentados para mim”, finalizou o prefeito.
