O caso começou a ser investigado em dezembro de 2021, quando a mãe da vítima registrou um boletim de ocorrência na delegacia de polícia do município. A jovem afirmou que era assediada sexualmente com frequência e que em um determinado dia o patrão insistiu em ter contato mais íntimo, concretizando o ato sexual.
Ao longo da apuração do caso, segundo informações da assessoria de imprensa da PJC, a adolescente apresentou exame que atestou positivo para gravidez e que, segundo a jovem, foi oriundo da relação sexual com o suspeito. No entanto, pouco tempo depois a vítima sofreu um aborto espontâneo, tendo os materiais genéticos sido coletados para fins de confronto para exame de DNA.
Segundo o delegado responsável pelo caso, Valmon Pereira da Silva, o empresário é o principal suspeito de ser o responsável pela gravidez, mas até o momento não houve comprovação do fato, nem mesmo da violência ou grave ameaça durante o ato sexual, requisitos estes exigidos pelo artigo 213 do Código Penal.
“O que a nosso ver está devidamente comprovado nos autos, até o presente momento, é o assédio sexual praticado pelo suspeito em desfavor de sua funcionária, além da importunação sexual por ele perpetrada”.
No decorrer da investigação, foi constatado que outra funcionária, também menor de idade, havia sido vítima de abuso do empresário. A adolescente estava fazendo teste para trabalhar na empresa e recebeu uma proposta de cunho sexual como condição para ser contratada.