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Quarta-feira, 24 de julho de 2024

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no Hospital Regional de Sorriso

SES arquiva investigação sobre violência obstétrica por falta de provas; vítima alega que olhos sangraram

Foto: Reprodução

Sindicância foi instaurada pela SES em 21 de junho

Sindicância foi instaurada pela SES em 21 de junho

A sindicância administrativa instaurada pela secretaria estadual de Saúde (SES), para investigar uma denúncia de violência obstétrica no Hospital Regional de Sorriso (a 420 km de Cuiabá), foi arquivada nessa quarta-feira (10), por falta de evidências que pudessem comprovar a situação. 


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O caso foi publicado pelo Olhar Direto em 19 de junho, 14 dias após Valéria de Mello, de 17 anos, dar à luz na unidade de saúde. O marido dela, Victor Valentim de Mello, afirmou que a esposa fez tanta força após ser submetida ao parto normal, que os olhos sangraram durante o procedimeno. 

A sindicância foi instaurada pela SES em 21 de junho e uma comissão foi designada para investigar a denúncia feita pelo casal. De acordo com a SES, a jovem recebeu os cuidados necessários antes e depois do parto. 

“[...] com base nos relatos colhidos, nas diligências realizadas e na análise do prontuário, verifica-se que a paciente V.M recebeu os cuidados necessários durante o período do pré até o pós-parto ocorrido em 04/06/2022 no Hospital Regional de Sorriso e que não há evidências que possa", diz trecho da publicação no Diário Oficial que circulou na quarta-feira (10).

Relembre o caso 

Ao Olhar Direto, o marido aponta que Valéria sofreu descaso por parte da equipe médica, que não tinha dilatação suficiente para um parto normal e aguardou durante oito horas pela cesárea. 

Victor lamentou que a mãe de Valéria não teve permissão de acompanhar a internação da filha. Por conta disso, a jovem ficou sozinha e teria sofrido as primeiras agressões verbais das enfermeiras do Hospital Regional de Sorriso. 

“Falavam com tom de deboche: ‘você tem que ficar quieta, não pode fazer piseiro, na hora de fazer estava bom, então agora aguenta a pressão’. Poxa, uma mãe passando pelo parto, como alguém vai ficar quieto nessa ocasião? Acho que a enfermeira não está ali para isso”.

Victor também relata que, na tentativa de forçar o parto normal, a mulher passou por uma episiotomia, procedimento conhecido como “pique” que consiste em uma incisão no períneo (entre vagina e ânus), para facilitar a passagem do bebê. 
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