O delegado José Getúlio Daniel disse que poderá fazer uma reconstituição do duplo homicídio cometido Bruna Felsk, de 26 anos, que vitimou Genuir de Barros, 67, e Marcelo de Barros, 37, respectivamente pai e filho, no último sábado (22), em Terra Nova do Norte (663 quilômetros de Cuiabá).
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Conforme Getúlo, Bruna compareceu na delegacia na segunda-feira (24) e prestou depoimento de quatro horas. Com relação a pedido de prisão de envolvidos, explicou que não houve por flagrante nem por mandado. “Não existia mais ato flagrancial a ser realizado”.
O delegado disse que o principal objetivo é esclarecer os fatos, portanto, continua ouvindo mais pessoas envolvidas. “O principal objetivo da Polícia Civil neste momento é esclarecer todos os fatos, todos os crimes realizados, e indicar a autoria de cada fato realizado. Existe um número muito grande de crimes, dois homicídios, porte de arma de fogo, crimes contra a honra, lesões corporais, vias de fato. Pelo menos oito pessoas participantes, seja como suspeito, testemunha, vítimas. Uma suspeita peculiar com oito meses de gravidez, pessoas já com idade mais avançada, que atualmente perderam dois entes possivelmente inocentes que estão com os sentimentos aflorados”, diz.
“Possivelmente será necessária uma reprodução simulada no local, mas nosso objetivo é muito claro: esclarecer os fatos para que as pessoas possam ser devidamente julgadas pelas suas condutas individuais”, acrescentou.
Entenda os crimes
De acordo com o boletim de ocorrência, Bruna já chegou na residência alterada e começou uma discussão. Em seguida, o pai da suspeita também chegou na casa das vítimas em uma caminhonete e chamou a gestante para ir embora.
Bruna, então, foi até a caminhonete do marido, pegou uma pistola calibre .380 e disparou contra Marcelo. Genuir tentou intervir e defender o filho, mas também foi atingido pelos tiros.O marido da suspeita conseguiu pegar a arma dela.
Segundo o BO, Bruna e a mãe agrediram a suposta amante do marido dela com puxões de cabelo. O pai da gestante ainda teria ajudado nas agressões, dando "pranchadas com um facão" nas nádegas da vítima. Eles fugiram do local em um S10.
O marido de Bruna tentou socorrer Marcelo, que foi levado com vida para o Hospital Municipal, mas não resistiu aos ferimentos. Genuir teve a morte constatada ainda na casa onde morava.
O marido de Bruna fugiu do hospital e ainda não foi localizado. Marcelo foi atingido com três tiros, sendo um no peito e dois na barriga.
Crime não foi premetidado
A amiga de Bruna, que está em contato com a família da gestante, explicou que os homicídios não foram premeditados e que ela foi até o local apenas para conversar sobre as traições. No entanto, ela explica que a amiga foi agredida com um soco no rosto e teve a barriga chutada pela amante do marido.
"Ela está bastante machucada, apanhou da mãe e do irmão da amante do marido. Tudo foi uma infelicidade, nada premeditado como alguns meios de comunicação tem divulgado por aí. Toda a investigação está bem no início, mas acreditamos que com os esclarecimentos prestados hoje, a verdade começa a aparecer", reforçou a defesa.
Em depoimento, Bruna explicou que nunca fez curso de tiro e que praticou duas vezes com o marido. Ela afirmou ao delegado que ele possui registro da arma, mas não tem posse. O caso continua sendo investigado pela Polícia Civil.
.jpg "Polícia deve fazer reconstituição de cena onde dois foram mortos por mulher grávida")
