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Terça-feira, 23 de julho de 2024

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MÃE ESTÁ COM CÂNCER

"Era um rapaz alegre, de bom coração e só queria viver", lamenta tia de engenheiro morto com tiro na cabeça

Foto: Reprodução

O assassinato do engenheiro agrônomo Afrelino Baptistella Júnior, de 34 anos, na noite dessa terça-feira (22), em Primavera do Leste (a 234 km de Cuiabá), surpreendeu amigos e familiares. Uma das tias de Júnior, como era chamado pelos mais próximos, afirmou que o sobrinho era alegre, de bom coração e tinha muita vontade de viver. O velório e o enterro de Afrelino serão realizados em Alto Garças, onde a família morava. 


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Ao Olhar Direto, Aida Baptistella, contou que ainda não falou com o irmão, pai de Afrelino. Mas outro irmão que também mora em Primavera do Leste deu notícias sobre os pais do engenheiro. De acordo com ela, todos "estão dopados" e tentando digerir a notícia do homicídio. 

"Não falei com os pais dele ainda, porque estão dopados hoje. Vai ser no decorrer dos dias que vamos conseguir falar com eles. Meu outro irmão de lá disse que estão todos dopados, ninguém espera uma morte tão violenta. Mas, era um guri muito feliz e alegre".

Afrelino foi morto com tiros na cabeça depois de sair da academia, na avenida dos Lagos, em Primavera do Leste. No momento do crime, ele estava conversando com uma amiga, que é médica na cidade e foi atingida por um disparo no braço. 

Apaixonado pela mãe, o engenheiro tirou férias do trabalho na Cargill, na cidade, para acoampanhar o tratamento dela contra o câncer em São Paulo. 

"Um filho dedicado aos pais, a mãe dele está com câncer. Tirou férias para ficar com a mãe em São Paulo, procurou sempre ajudar as pessoas. Não tem nada de ruim para dizer dele. Uma pessoa boa de coração e feliz". 

Uma das testemunhas ouvidas pela delegada Anamaria Machado Costa, plantonista responsável pelas investigações do homicídio, explicou que o depoimento dá indícios de que o crime tenha motivação passional. 

No entanto, o caso ainda está sendo investigado. Imagens de câmeras de segurança da região foram solicitadas e podem ajudar a identificar o suspeito. Na tarde desta quarta-feira (23), duas testemunhas seriam ouvidas. 

De acordo com a delegada, a mulher que estava com Afrelino no momento do homicídio era apenas uma amiga. O engenheiro não era casado e não deixou filhos. O pai dele é natural do Rio Grande do Sul, onde parte da família ainda mora. 

"Quando vou visitar ou eles vem para cá, é uma alegria só. Ele era muito querido. Uma perda muito grande que estamos enfrentando". 

Ainda contou que o sobrinho decidiu trabalhar com o agronegócio por identificar a demanda pela profissão na região de Mato Grosso onde mora. Foi assim que ele decidiu desistir da faculdade de engenharia para se dedicar aos estudos. 

"Era um rapaz muito alegre, onde estava todos estavam felizes, tocava gaita, violão... era uma alegria só. Era um rapaz com uma energia muito boa. Ele fez engenharia, mas achou que não estava de encontro com as profissões que tinham em Mato Grosso, fez agronomia e logo em seguida começou a trabalhar em Primavera do Leste". 
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