A Polícia Judiciária Civil divulgou nesta sexta-feira (17) os detalhes de um estudo que aponta o município de Rondonópolis (212 km de Cuiabá) como o com maior número de casos de morte de mulheres em 2022. Das 101 mortes registradas no último ano, 13 aconteceram no município. Ao todo foram mais de 15 mil medidas protetivas concedidas durante os 12 meses em todo o estado. 

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De acordo com a Diretoria de Inteligência, responsável pelo levantamento, a maioria dos homicídios contra vítimas femininas em Mato Grosso ocorreu nos meses de abril (12) e julho (10). O estudo aponta ainda que os dias da semana com mais ocorrências foram as sextas, sábados e domingos. 

O quantitativo de mortes chegou a 101 em 2022, sendo 13 mortes registradas em Rondonópolis. Do total de casos quantificados no município, sete deles foram classificados como feminicídio. 

No levantamento também são descritos quais os principais meios utilizados para provocar a morte das vítimas. Quase metade dos óbitos foi provocado por arma de fogo (45%) e outros 31% por arma branca.

Segundo o diretor de Inteligência, delegado Juliano Carvalho, o estudo permite uma compreensão do perfil das vítimas e também dos crimes. Com os dados, a expectativa é melhorar a atuação da segurança e da Justiça para a proteção das vítimas de violência. 

“Esse estudo nos permite um cenário de compreensão de quem é essa mulher vítima de homicídio, os autores e explorar as metodologias de como a instituição trabalha a apuração dessa modalidade criminosa. Números que vão muito além da estatística, que mostram onde e como as instituições do sistema de segurança e de Justiça podem trabalhar para avançar na proteção da mulher e na prestação de serviços”, disse Juliano. 

Entre janeiro e dezembro do ano passado, a Polícia Civil registrou quase 15 mil medidas protetivas em todo o estado, sendo que 4.165 delas tiveram o botão do pânico autorizado judicialmente e 395 mulheres acionaram o serviço virtual.