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Quarta-feira, 17 de julho de 2024

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Preso por descumprir medidas cautelares, Carlinhos Bezerra percorreu avenidas e diferentes bairros de Cuiabá

Foto: Reprodução

Preso por descumprir medidas cautelares, Carlinhos Bezerra percorreu avenidas e diferentes bairros de Cuiabá
Réu pelo duplo homicídio de Thays Machado e Willian Cesar Moreno, o empresário Carlinhos Bezerra voltou a ser preso nesta quarta-feira (28), em Cuiabá, por determinação da Justiça após descumprimento de medidas cautelares. Ele estava em prisão domiciliar desde novembro do ano passado, após a Justiça atender pedido da defesa em meio a alegações de que seu cliente sofria de diabetes e necessitava de tratamento de saúde em domicílio. .


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A ordem que revogou o decreto de prisão domiciliar foi proferida pela juíza Ana Graziela Vaz Correa, da Primeira Vara de Violência Doméstica de Cuiabá. A decisão considerou que Carlinhos descumpriu as medidas cautelares impostas a ele, inclusive indo ao supermercado acompanhado por seguranças armados, o que, segundo a magistrada, demonstra desrespeito ao recolhimento domiciliar e um "nítido espírito transgressor".

De acordo com a juíza Ana Graziela, entre 29 de novembro de 2023 e a última segunda-feira (26), Carlinhos se deslocou ao menos nove vezes para Cuiabá. Segundo ela, todas as saídas foram feitas sem autorização da Justiça. A magistrada considerou que a atitude de Carlinhos demonstrava "escárnio para com as ordens do Poder Judiciário e da sociedade".

Confira abaixo o passo a passo do empresário em ruas, avenidas e bairros da Capital

1. Quinta-feira, 29 de novembro de 2023
Carlinhos deslocou-se da sua residência até as proximidades da Avenida Fernando Corrêa, se ausentando de seu domicílio sem a devida autorização judicial.

2. Quinta-feira, 1º de fevereiro de 2024
O homem saiu de sua residência até aproximadamente duas quadras de distância, se ausentando de seu domicílio sem a devida autorização judicial.

3. Sexta-feira, 9 de fevereiro de 2024 e sábado, 17 de fevereiro de 2024:
O requerido deslocou-se da sua residência até a região do bairro Jardim Cuiabá. Não há informações acerca da realização de exames nas referidas datas. O requerido não possuía autorização judicial para se ausentar do domicílio.

4. Quinta-feira, 15 de fevereiro de 2024
O requerido justificou sua saída com a necessidade de se deslocar para consultas médicas, uma no Bairro Araés e outra no Bairro Santa Hora. No entanto, a magistrada verificou que o requerido sequer compareceu às unidades médicas na referida data. Ele se deslocou em direção contrária ao hospital, sem a devida autorização judicial.

5. Sexta-feira, 16 de fevereiro de 2024
A defesa justificou que Carlinhos possuía agendamentos médicos às 8h30 e às 10h30. Todavia, a análise do relatório da Central de Monitoramento no período de 16 de fevereiro até à 0h de 17 de fevereiro indica que o reu deslocou-se de sua residência até as proximidades dos bairros Jardim Cuiabá e Goiabeiras, sem a devida autorização judicial.

6. Quinta-feira, 22 de fevereiro de 2024
Ele se ausentou de sua residência das 0h às 12h, se deslocando por diversas regiões da Capital, sem a devida autorização judicial.

7. Quinta-feira, 22 de fevereiro de 2024 e sexta-feira, 23 de fevereiro de 2024
Ele se ausentou de sua residência das 12h do dia 22 até à 0h do dia 23. Nesse meio tempo, ele se deslocou até o bairro Areão, sem a devida autorização judicial.

8. Sexta-feira, 23 de fevereiro de 2024
De 0h a 12h, o requerido se ausentou de sua residência, se deslocando até o bairro Jardim Cuiabá, sem a devida autorização judicial.

9. Segunda-feira, 26 de fevereiro de 2024
Carlinhos se ausentou de sua residência de 0h às 12h, sem a devida autorização judicial.

Foi considerado que o comportamento de Carlinhos, que segundo o Ministério Público descumpriu as cautelares a ele impostas, inclusive indo à supermercado acompanhado por seguranças armados, desrespeitou o recolhimento domiciliar, demonstrando seu desprezo pelas decisões judiciais.

Segundo a magistrada, a transgressão às medidas mais brandas resulta na configuração da prisão preventiva, já que Carlinhos ostentou sensação de impunidade ao ir e vir livremente mesmo enquanto aguarda ser julgado pelo Tribunal do Júri pelo duplo homicídio que praticou, em plena luz do dia.

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