A investigação da Operação Ragnetela, da Polícia Federal, revelou que Willian Aparecido da Costa Pereira, conhecido como “Willian Gordão” e apontado como dono do antigo “Dallas Bar”, atuava como "testa de ferro" de Joadir Alves Gonçalves, o "Jogador" ou "Veio", nas atividades do Comando Vermelho (CV) em Cuiabá. 

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"Jogador" é apontado como um dos líderes da facção e seria responsável pela coleta de lucros obtidos com a venda de drogas e extorsões em bairros da capital e de Várzea Grande.

O dinheiro ilícito da facção recebido por "Jogador" era utilizado para investir na compra de casas noturnas e na realização de shows e eventos. Através desse esquema, ele adquiriu a casa noturna Dallas Bar, antes pertencente a Clawilson Almeida Lacava, o "Gauchinho", por R$ 800 mil. O pagamento foi feito em duas parcelas, de R$ 200 mil e R$ 600 mil, ambas em dinheiro.

Após a compra da casa noturna, "Jogador" transferiu o estabelecimento para o nome de Willian Gordão. Segundo a polícia, essa atitude comprova a função de "testa de ferro" de Gordão, já que ele era responsável por receber e repassar os recursos da facção. 

“A casa de shows DALLAS BAR foi colocada em nome do também faccionado WILLIAN APARECIDO DA COSTA PEREIRA, vulgo WILLIAN GORDÃO. Comprovou-se, durante as investigações, que WILLIAN GORDÃO é um “testa de ferro” do JOGADOR, tendo em vista que figura como a principal peça de envio e recebimento de valores investidos pelo JOGADOR na realização dos shows, além de ser o responsável pelo pagamento de despesas relacionadas ao JOGADOR”, diz trecho do 

Para as transações financeiras de “Jogador” e pagamento de duas despesas, “Willian Gordão” se utiliza da Pessoa Jurídica W A da Costa Pereira, (EXPRESSO LAVA CAR)”. 

A Operação Ragnatela foi deflagrada nesta manhã para cumprir mandados de prisão preventiva, busca e apreensão e desarticular um núcleo de facção criminosa responsável pela lavagem de dinheiro em casas noturnas. 

Tanto William quanto Joadir foram alvo de mandados de prisão e de busca e apreensão. Além disso, a Justiça determinou o sequestro de bens móveis e imóveis de propriedade de Willian, bem como o bloqueio de todos os seus ativos financeiros, com ordem no valor de até R$ 5 milhões  em cada conta bancária.