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Terça-feira, 16 de julho de 2024

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Professores da UFMT realizam ato em apoio à greve dos técnicos e organizam caravana para Brasília

Foto: Adufmat

Professores da UFMT realizam ato em apoio à greve dos técnicos e organizam caravana para Brasília
Docentes da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), em greve há 22 dias, realizam ato em solidariedade aos servidores técnicos-administrativos na manhã desta terça-feira (11), intervenções na guarita do Boa Esperança. A categoria terá uma mesa de negociação com o Governo Federal, em Brasília, nesta data. A categoria está em greve há mais de 80 dias, sem avanços significativos.


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A mobilização terá início às 9h, com oficina de cartazes na Casa dos Estudantes Universitários (CEU). Em seguida, os docentes e técnicos seguem para a concentração do ato na Guarita II da UFMT (acesso pelo Boa Esperança), onde irão dialogar com a população.  

Além deste ato, os docentes organizam uma caravana para Brasília, com intuito de acompanhar a negociação da categoria com o Governo Federal na sexta-feira (14). Os carros saíram de Cuiabá na quinta-feira (13), às 9h.

Segundo a Associação dos Docentes da Universidade Federal de Mato Grosso (Adufmat), a próxima reunião demonstrará como o presidente Lula (PT) decidiu encarar a greve da Educação, pois na reunião do dia 03 de junho, houve uma mudança visível da postura do Governo, com aparente disposição para continuar o diálogo com a categoria.  

Há, ainda, expectativas com relação à recomposição orçamentária das universidades. A Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) está reivindicando o incremento de pelo menos R$ 2,5 bilhões ainda este ano no orçamento das instituições, que hoje operam com metade do recurso do qual dispunham há 10 anos (eram cerca de R$ 16 bi em 2013, e em 2023 foram executados pouco mais de R$ 8 bi). O Governo anunciou cerca de R$ 10 bilhões até 2026, mas para este ano os números não superam nem R$ 1 bi.  

Críticas à Lula

Para a professora Vanessa Furtado, as declarações de Lula, direcionadas a reitores, afirmando que não há razão para a greve durar o que está durando, demonstram desrespeito às categorias.

“Lula é um sindicalista, ele sabe que essa greve não é de reitores. Ele desrespeita a nossa categoria, querendo encerrar a greve por cima, fazendo um comunicado a reitores. O presidente se gaba por ter reajustado benefícios que já estavam bem defasados e nem se aplicam aos aposentados. O que nós queremos é investimento. Em infraestrutura? Sim, também é muito importante, mas queremos melhores condições de trabalho e pesquisa, que são a alma da universidade pública, da produção de conhecimento. Querem nos empurrar para a dependência de emendas parlamentares. Nós não podemos ficar à mercê disso, porque perpassa pela autonomia da universidade, o parlamentar vai escolher que tipo de pesquisa vai querer financiar”, destacou Furtado.

O professor Aldi Nestor de Souza avaliou que a greve é uma expressão da luta de classes. “O Lula foi sindicalista, mas a pessoa que está lá, agora, não é. Quem está lá é um presidente eleito para governar um Estado neoliberal. Ele não é um aliado, é um adversário. Uma coisa essencial é a gente se entender como adversários neste momento de embate entre capital e trabalho. Lula está entendendo a força da greve e utilizando suas armas para acabar com ela. É um embate em que não há escolha, não tem como ser educado, benevolente”, pontuou.
 
 (com informações da assessoria)
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