As informações oriundas da quebra do sigilo telefônico do investigador da Polícia Civil Jeovânio Vidal Griebel deverão apontar se a morte do agricultor João Antônio Pinto, 87 anos, ocorrida em fevereiro deste ano, foi tramada entre o agente e o cunhado dele. O agente alega que o idoso morreu por ter reagido a uma ação policial em suas terras, localizadas no Contorno Leste, em Cuiabá.
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Já os familiares do idoso suspeitam que Jeovânio e o cunhado dele tenham agido em conluio para “tirar João Pinto do caminho”. O idoso, que era proprietário das terras, enfrentava investidas de posseiros que tentavam invadir o local.
No dia 7 de junho, a Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), com apoio da Corregedoria-Geral, cumpriu três mandados de busca e apreensão e outras medidas judiciais contra Jeovânio e o cunhado.
Além das buscas, foi determinado pela Justiça, com base no pedido da DHPP, o afastamento do policial da atividade fim, devendo ele atuar apenas em atividades estritamente administrativas, com o fim de garantir a tranquilidade das investigações; além do afastamento bancário e de dados pessoais dos aparelhos celulares dos investigados.
Segundo o delegado responsável pelas investigações, Marlon Luz, com os afastamentos, a Polícia Civil busca a continuidade das investigações sem uma possível interferência do policial nos atos investigatórios e no esclarecimento de algumas circunstâncias que ainda não se tem resposta.
Procurada, a advogada da família de João Pinto, Gabriela Zaque, informou que ainda não tem resposta sobre o resultado da extração dos aparelhos, porque o processo está tramitando em sigilo.
.jpg "Dados da quebra do sigilo telefônico deverão apontar se houve trama de investigador e cunhado para matar pecuarista")
