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Quarta-feira, 26 de junho de 2024

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7 de MT envolvidos

Receita e PF deflagram operação contra esquema bilionário de compensações tributárias fraudulentas

Foto: Pillar Pedreira/Agência Senado

Receita e PF deflagram operação contra esquema bilionário de compensações tributárias fraudulentas
Receita Federal, em conjunto com a Polícia Federal, deflagrou, na manhã desta terça-feira (18), a Operação “Crédito Pirata”. O objetivo é obter provas relativas à estrutura de consultoria que abusa do instituto da Declaração de Compensação, além de possíveis crimes de falsidade de documentos e lavagem de dinheiro. As fraudes envolvem compensações em 22 estados, no montante total acima de R$1,02 bilhão.


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Estão sendo cumpridos sete mandados de busca e apreensão em residências, empresas e escritórios de investigados e de pessoas ligadas à suposta organização criminosa. Os mandados ocorrem nos municípios de São Paulo, Campos do Jordão, Osasco, Praia Grande e Sorocaba.

Entre os alvos estão o principal operador da fraude tributária e o mentor intelectual. O operador era responsável pela elaboração e transmissão das Declarações de Compensação fraudulentas. Já o mentor intelectual tentava dar uma aparência de legalidade à operação fraudulenta.

Em Mato Grosso, foram identificadas fraudes na capital, Cuiabá, e nos municípios de Gaúcha do Norte, Poxoréo, Sinop e Tangará da Serra. Confira o valor abaixo:

Cuiabá – 3 contribuintes – R$ 1.897.052,06
Gaúcha do Norte – 1 contribuinte – R$ 32.279,99
Poxoréo – 1 contribuinte – R$ 322.621,79
Sinop – 1 contribuinte – R$ 346.857,97
Tangará da Serra – 1 contribuinte – R$ 45.556,56


Esquema
 
A organização investigada se aproximava de empresários e vendia solução para redução de carga tributária. A falsa consultoria transmitia à Receita Federal Declaração de Compensação fraudulenta em nome da empresa contratante através de uma interposta pessoa (laranja), normalmente informando que a empresa possuía créditos de PIS/Cofins que seriam suficientes para quitar os débitos. Mas os créditos informados não existiam, e depois os débitos voltavam a ser cobrados pela Receita Federal.

A escolha de criar créditos fraudulentos especificamente usando o PIS/Cofins não foi por acaso. Por se tratar de tributos complexos, com muitos regimes especiais e discussões judiciais, os fraudadores conseguiam vender para seus clientes a ideia de que os créditos realmente existiam, e que poderiam realizar a compensação cruzada com qualquer outro tributo.

A consultoria era remunerada pelo “serviço” em um percentual que variava entre 30 a 70% do valor dos impostos compensados fraudulentamente. Esses valores pagos eram então utilizados pelos investigados na aquisição de imóveis no Brasil e no exterior e de outros bens de luxo registrados em nome de empresas patrimoniais e interpostas pessoas, dificultando até mesmo ações de ressarcimento de danos pelas empresas contratantes.

A Receita Federal alerta que não há qualquer hipótese de extinção de débitos utilizando para compensação crédito que não seja tributário, líquido e certo e apurado pelo próprio declarante.

Nome da operação

Tais como os piratas dos sete mares, a falsa consultoria atuou promovendo “saques e pilhagens” nas mais diversas regiões do País.

(com informações da assessoria)
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