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Sábado, 29 de junho de 2024

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OPERAÇÃO ASSINTONIA

Comerciantes pagavam mensalidade para facção 'proteger' comércio no Nortão

Foto: PJC-MT

Comerciantes pagavam mensalidade para facção 'proteger' comércio no Nortão
Comerciantes pagavam mensalidades entre R$ 100 e R$ 200 para terem estabelecimentos ‘protegidos’ por facção criminosa na região de Tapurah (a 390 km de Cuiabá), garantindo que os locais não fossem alvos de roubos e furtos. O caso foi identificado durante investigações no âmbito da Operação Assintonia, deflagrada nesta quarta-feira (26). 


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De acordo com o delegado titular da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), Gustavo Belão, os comerciantes tratavam a situação direto com um dos líderes da facção, preso na Penitenciária Central do Estado (PCE).

“Os comerciantes que procuravam, faziam contato direto com o preso, mesmo ele estando recolhido na PCE. O contato era feito através de telefone, via Whatsapp, e caso o comerciante concordasse em pagar, o dinheiro era destinado a um dos laranjas identificados na lavagem de dinheiro”, explica o delegado.

Após o pagamento das mensalidades, caso ocorresse algum crime ao patrimônio dos comerciantes, a facção ainda resolveria a situação. 

A Operação

A Operação Assintonia tem foco na organização criminosa envolvida com o comércio de entorpecentes, armas de fogo, munições e lavagem de dinheiro. Os alvos distribuíam cestas básicas para "cooptar" pessoas e usavam armas para matar agentes da segurança pública. Cerca de 19 pessoas foram presas até o momento e três estão sendo procuradas. Estão sendo cumpridos mandados nas cidades de Cuiabá, Tapurah, Itanhangá, Porto dos Gaúchos, Boa Esperança, e Quintana (SP).

Entre os alvos da operação está um dos principais líderes de uma facção criminosa na região médio-norte do estado e que atualmente está detido na Penitenciária Central do Estado (PCE), possuindo extensa ficha criminal por atuação com comércio de drogas e armas de fogo, além de ordenar roubos e assassinatos em série. 

As ordens para a prática de roubos e homicídios, assim como a negociação das armas de fogo, ocorrem de dentro do presídio, por meio de mensagens e ligações de celulares. O investigado possui  grande influência no mundo do crime e na liderança exercida sobre os “soldados da sua tropa”, que atuam especialmente nas cidades de Tapurah, Itanhangá, Ipiranga do Norte e Sorriso.
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