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Segunda-feira, 08 de julho de 2024

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defensor e procurador presos

Advogada testemunha de confusão na Praça Popular classifica ação de PMs como abuso de autoridade e força

Foto: Reprodução

Advogada testemunha de confusão na Praça Popular classifica ação de PMs como abuso de autoridade e força
A advogada Gabrielly Bettini presenciou a abordagem truculenta dos policiais militares no bar Tatu Bola, na Praça Popular, em Cuiabá, na última quarta-feira (03). Nas redes sociais, ela classifica a ação como abuso de autoridade e força. Gabrielly tentou intervir para impedir a prisão de um defensor público e um procurador do Estado, que questionaram a ação dos militares.


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“Os policiais abusaram da autoridade, da força, levaram preso um defensor público e um procurador do Estado. E eu fui atrás para falar vocês não sabem quem vocês estão prendendo, eles vão representar vocês na esfera militar, civil e penal. Vocês vão se ferrar”, disse em publicação no Instagram.

O procurador do Estado e o defensor público foram presos durante a prisão de um homem acusado de assédio, que usava uma tornozeleira eletrônica. A PM foi acionada para controlar a situação, pois o referido suspeito estava causando transtorno no entorno da Praça Popular.

O defensor público e procurador do Estado estavam no local com amigos, após um jogo de futebol, quando um homem ensanguentado entrou no estabelecimento pedindo por socorro.
 
Ao solicitar que os seguranças do bar chamassem a Polícia, o defensor foi informado que o homem vivia na rua, era usuário de drogas e que havia sido agredido justamente por policiais. Na sequência, três policiais militares voltaram a imobilizar o suspeito, que gritava por ajuda e afirmava que não consegue respirar.

Em imagens divulgadas nas redes sociais, é possível ver que o suspeito já está imobilizado, mas as agressões seguem acontecendo, apesar dos pedidos de diversos clientes do estabelecimento para que a situação fosse conduzida de outra forma.

“Os policiais fizeram corretamente a prisão, mesmo que foi dentro do estabelecimento, uso da força controlado contra o cidadão, tudo tranquilo, só que dai os civis que começaram a falar, os policiais foram para cima bater, e também prender, inclusive o procurador e defensor. Que falaram que não estavam fazendo nada de errado. Eu estou chocada. Os policiais passaram do limite, e eu fui falar com os outros que chegaram, sargento, olha foi ilegal aquela prisão, não soltaram mesmo assim”, comentou a advogada Gabrielly.

“Eles queriam me prender também só porque eu estava defendendo a ilegalidade da prisão do defensor e procurador. Nenhum de nós desacatamos, nenhum de nós reagimos, não fizemos nada de errado. Os policiais abusaram da força. Queriam me prender quando eu disse que todos seriam responsabilizados. Me mandaram calar a boca e eu não calei. Total abuso”, complementou.

Na Central de Flagrantes, o defensor público e procurador foram liberadas pelo delegado de plantão, que não encontrou provas de ocorrência de qualquer crime praticado por eles.
 
Posicionamento da PM
 

É com preocupação que assisto uma abordagem realizada nessa noite  de quarta , dia 03, em um restaurante na praça popular. Embora o calor dos fatos deva ser observado para interpretar com justiça a ação policial, figura inconteste a ausência, em grau a ser apurado, do exigido pelo procedimento operacional padrão. Como medida imediata, instauramos a devida sindicância de modo a elucidar todas as condutas, ressaltando, por dever, o total compromisso da PMMT com a eventual responsabilização dos envolvidos na ocorrência, bem como nosso integral respeito e solidariedade aos possíveis cidadãos ofendidos, sejam eles operadores do direito como um dos abordados, sejam quem forem. Importa, sobretudo, esclarecer os fatos em proveito à nossa tropa que trabalha sem olhar cargos ou sobrenomes, sempre tecnicamente.
 
Saliento, por derradeiro, que sempre serei o primeiro a defender minha tropa quando atacadas de forma injusta, mas, o primeiro a cortar na própria carne caso necessário, especialmente àqueles PMs que agirem de forma truculenta e contrária às normas vigentes. Pois é intolerável ações que possam macular a imagem institucional da PMMT. De nossa parte, independente de quem seja, doa a quem doer e sem qualquer corporativismo, a verdade dessa lamentável ocorrência será esclarecida.
 
Alexandre Mendes – Cel PM
Comandante-Geral da PMMT


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