A Polícia Civil entrevistou 150 pessoas durante seis dias de diligências para esclarecer o assassinato de Raquel Cattani, de 26 anos, ocorrido dia 19 de julho em Nova Mutum. Além de familiares da vítima, amigas, vizinhos, trabalhadores de empresas da região, moradores do assentamento Pontal do Marape e pessoas que mantiveram contato com o mandante do crime, o ex-marido da vítima, também foram ouvidos.

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A investigação, coordenada pelos delegados Edmundo Félix de Barros Filho e Guilherme Pompeo, envolveu equipes das Delegacias Regional, Municipal e a Especializada de Roubos e Furtos de Nova Mutum. Eles analisaram imagens de câmeras de segurança da vila onde a vítima tinha um sítio e das cidades da região, como São José do Rio Claro e Tapurah.

O mandante do crime, Romero Xavier, que era ex-marido de Raquel Cattani, tentou criar álibis para despistar a investigação, incluindo almoço com os ex-sogros, churrasco com conhecidos e idas a boates em Tapurah, na tarde e noite da execução do crime, com o intuito de afastar as suspeitas sobre ele.

No entanto, as diligências policiais reuniram evidências que apontaram para os dois envolvidos no crime brutal: ele, e seu irmão, Rodrigo Xavier, que foi o executor do crime. O suspeito montou uma cena na residência de Raquel para que a Polícia Civil acreditasse que o assassinato tinha motivação patrimonial.

Os irmãos foram presos na quarta-feira (24). O mandante foi detido no sítio do ex-sogro, o deputado estadual Gilberto Cattani, no assentamento Pontal do Marape, em Nova Mutum. Já Rodrigo foi preso em Lucas do Rio Verde.

Para simular um latrocínio, o executor quebrou uma televisão e a jogou fora da casa, além de levar alguns objetos pessoais e a motocicleta de Raquel. Ao ser preso, ele confessou que jogou o veículo, a arma usada no crime e um celular no Rio Verde, em Lucas do Rio Verde. 

Na quinta-feira (25), as equipes policiais, com auxílio do Corpo de Bombeiros, realizaram buscas no local indicado, recuperando a motocicleta, que foi enviada à delegacia em Nova Mutum para perícia.

Os dois irmãos passaram por audiência de custódia e tiveram a prisão em flagrante convertida em preventiva pela Justiça.