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Quarta-feira, 14 de agosto de 2024

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POLÍCIA INVESTIGA

Adolescente de 12 anos morre após cair de telhado de escola na capital; família alega negligência médica

Foto: Reprodução

Adolescente de 12 anos morre após cair de telhado de escola na capital; família alega negligência médica
O adolescente Diego Henrique Coré Campos, de 12 anos, morreu no último dia 8 na Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) do bairro Pascoal Ramos, em Cuiabá, para onde ele foi levado após cair do telhado da Escola Estadual Manoel Cavalcante Proença, no bairro Tijucal, onde estudava. A família do menino acusa os médicos da unidade de saúde de negligência.


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Segundo as informações dos familiares de Diego, a queda aconteceu no dia 6 de agosto. Após o fato, o estudante foi até a direção da escola na manhã daquele dia e alegou estar com dores no ombro. Os parentes foram acionados e o adolescente levado à UPA do Pascoal Ramos.

Não foi informado como se deu a queda nem o que o aluno fazia no telhado da escola no momento do acidente.

Na noite do mesmo dia, de acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Diego deu entrada na unidade de saúde e passou por exame de raio-x na clavícula esquerda, que não encontrou "anormalidades evidentes". 

"Já na madrugada de 7 de agosto de 2024, às 00h25, o paciente foi encaminhado para a sala de medicação e, às 00h33, realizou o exame de raio X, que não revelou lesões. Às 01h03, após o retorno médico, o paciente recebeu alta com encaminhamento para um ortopedista no Hospital Municipal de Cuiabá", diz trecho da nota da SMS.

O adolescente deu entrada no HMC ainda no dia 7, por volta das 9h28 acompanhado pelo pai e se queixando novamente de dor no ombro. Lá, Diego novamente foi examinado e a nova avaliação descartou que ele tivesse sinais de luxação ou lesões no ombro. O paciente foi liberado com orientações, medicação e recomendação de repouso, sendo instruído a retornar em caso de intercorrências ou piora do quadro.

Já por volta das 6h06 de quinta-feira (8), o adolescente foi enviado mais uma vez para a UPA do bairro Pascoal Ramos, dessa vez sem sinais de pulsação. Segundo informações da Secretaria de Saúde, apenas neste momento a família relatou a queda registrada no dia 6. No local, Diego foi encaminhado às pressas para o Box de Emergência, onde foram iniciadas manobras de ressuscitação, mas sem sucesso. O óbito dele foi constatado seis minutos depois, às 6h12.

Em entrevista ao Programa do Pop, da TV Cidade Verde, a avó do menino afirmou que vê indícios de erro médico. Segundo a mulher, é impossível que uma criança seja examinada e volte para casa mesmo com dor. Ela ressalta que na Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) foi constatado que Diego estava com a clavícula quebrada.

"Acho que houve erro médico ao mandar uma criança para casa com dor. Pelo menos, o que a gente viu no raio-X é que a clavícula estava quebrada. Precisamos saber a verdade para que não aconteça com outras crianças o que aconteceu com ele", pontuou a mulher.

"Alguém errou, seja no atendimento médico, seja na escola. Alguém errou", acrescentou.

Procuradora, a Polícia Civil afirmou que não acionada para realizar a liberação do corpo do menino. e que, até o momento, não houve registro de boletim sobre o fato ocorrido com o menor. 

Ainda de acordo com a Polícia Civil, após a constatação da morte de Diego, o corpo dele foi encaminhado ao Serviço de Verificação de Óbito do Hospital Universitário Júlio Muller.

Outros lados

Por meio de nota, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) lamentou o óbito de Diego e reiterou seu compromisso com a "transparência e a qualidade no atendimento". 

"A SMS está disponível para fornecer quaisquer informações adicionais e colaborar com as investigações que se fizerem necessárias".

Já a Secretaria de Estado de Educação (Seduc) afirmou que assim que Diego procurou a direção da escola para informar sobre as dores no ombro ocasionada pela queda, os gestores colocaram em prática os protocolos necessários e acionou a mãe do aluno.

"A Seduc manifesta seu profundo pesar pela morte do estudante, ocorrida no dia 08, e reafirma que foi uma perda inestimável sentida por toda a comunidade escolar", narra trecho da nota.
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