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Terça-feira, 20 de agosto de 2024

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COBERTA DE HEMATOMAS

Personal diz que foi coagida por policiais para não denunciar ex-companheiro investigador da PJC

Foto: Reprodução

Personal diz que foi coagida por policiais para não denunciar ex-companheiro investigador da PJC
A personal trainer Débora Sander, de 43 anos, que denunciou as agressões cometidas pelo policial civil Sanderson Ferreira de Castro Souza, de 42 anos, declarou que se sentiu coagida por outros policiais quando foi fazer sua denúncia, no início de agosto.


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Segundo ela, os policiais tentaram convencê-la a não realizar a denúncia e voltar para casa, para “acobertar o acontecido”. A personal havia saído de caso e viajado para o interior, com medo do agressor.

O agente também teria ameaçado o filho dela. Ainda conforme Débora, o policial conseguiu escapar da prisão em flagrante e está no Rio de Janeiro devido à licença-prêmio.

"Perdi meu emprego, estou longe do meu filho, que está sob ameaça, enquanto ele desfruta de uma licença-prêmio. Quando a justiça será feita? Esta não foi a primeira vez que ele me agrediu, mas foi a primeira vez que tive força para romper essas amarras psicológicas e denunciar", declarou.

Na primeira vez que Débora tentou denunciar o policial, ele teria dito que “polícia ajuda polícia”, por isso a denúncia não iria afetá-lo.

A vítima estava se relacionando com o investigador há dois anos, e ele sempre cometia violência psicológica e financeira, mas a situação piorou quando as agressões físicas começaram, no dia 04 de agosto.

Débora foi ao plantão de atendimento a vítimas de violência doméstica e sexual de Cuiabá, e solicitou medidas protetivas de urgência.

O caso foi encaminhado para a Delegacia Especializada de Defesa da Mulher de Cuiabá. A Corregedoria Geral da Polícia Civil também foi comunicada.

O caso segue em investigação.

Primeira-dama se pronuncia

A primeira-dama de Mato Grosso, Virgínia Mendes, classificou o caso de Débora como ‘absurdo e inaceitável’ em suas redes sociais. Ela cobrou leis mais duras e rígidas, afirmando que casos assim não podem ficar impunes, e ainda pediu resposta dos Poderes e Justiça.

“O mais revoltante é que, enquanto Débora enfrenta essa situação difícil e continua sob ameaça, o agressor está no Rio de Janeiro, curtindo uma licença-prêmio. A situação é ainda mais chocante considerando que o policial, apesar das graves acusações e da medida protetiva contra ele, não sofreu as devidas consequências e ainda parece estar em liberdade”, disse na publicação. 
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