O projeto “Casas de Justiça e Cidadania” do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) vai implantar no início do mês de março mais duas casas, uma em Florianópolis (SC) e outra em Planaltina (DF).

O projeto consiste na utilização de espaços do Poder Judiciário que estão ociosos, como salas de reuniões e auditórios dos fóruns das cidades. Estes espaços serão usados para prestar serviços a sociedade por meio de programação cultural, de aprendizado e promoção da cidadania.

Segundo o juiz auxiliar da presidência do CNJ, Paulo Tamburini, o Judiciário está mostrando que é uma fonte de cidadania e que se preocupa com o bem estar da população carente.

“Desde que o projeto foi implantado, há dois meses, em Montes Claros (MG) e Teresina (PI) já oferecemos oficinas e palestras para mais de mil pessoas”, informou.

Tamburini ressalta que o objetivo é promover a assistência jurídica, prestar informações sobre serviços públicos, oferecer cursos profissionalizantes e palestras direcionadas à cidadania e o desenvolvimento social, além de possibilitar a formação de uma rede de solidariedade no âmbito do Judiciário.

Em Montes Claros (MG), além das atividades promovidas no ambiente forense, a Casa está desenvolvendo projetos mais amplos com o intuito de atender as populações mais vulneráveis a riscos sociais. A partir de março, a Casa pretende incentivar a leitura entre jovens e crianças. Cerca de 200 crianças também receberão gratuitamente cursos de informática e preservação ambiental.

Em Teresina (PI), está sendo implantado o Centro de Cultura da Justiça (Cenajus), um espaço cultural que funcionará no antigo prédio da Justiça Federal da capital. No local, serão promovidos programas de inclusão, cursos, seminários e simpósios sobre temas diversos, como direitos das minorias, violência contra a criança e o adolescente, liberdade de expressão, curso de fotografia, entre outros.

Para o ano de 2009, o CNJ pretende expandir para outros estados a inciativa das Casas de Justiça e Cidadania. A estimativa é que até o final do ano cerca de 10 mil famílias carentes sejam contempladas com as oficinas e palestras que o projeto oferece.

As ações serão executadas em parceria com Exército, Defensoria Pública, Ministério Público e profissionais liberais como psicólogos, sociólogos, médicos, além de pessoas da comunidade que disponibilizam parte do seu tempo para atender a população.