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Sábado, 27 de julho de 2024

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Servidora denuncia diretor do Hospital Regional de Cáceres por assédio moral

Mais uma servidora do Hospital Regional de Cáceres foi vítima de assédio moral pelo diretor José Esteves de Souza Junior por não compactuar com a suas opiniões e imposições. A funcionária de carreira, Elisangela Pedroso da Cunha, que trabalha no hospital desde maio de 2001, data da inauguração da unidade de saúde, simplesmente se recusou a ficar responsável pelo setor de Recursos Humanos e desde 2003 sua vida “virou um inferno”, segundo ela mesmo conta.


Cansada de tanta humilhação, Elisangela disse que exige apenas respeito e resolveu denunciar esta situação ao Ministério Público Estadual, onde deve protocolar a denúncia ainda na segunda-feira e como advogada buscou apoio da Ordem dos Advogados do Brasil.

“As pessoas tem medo desse homem (Zé Esteves). Estou cansada de tanta perseguição e ninguém faz nada. Até quando vamos ter que agüentar isso. Que poder é esse que ele tem?”, desabafou em entrevista ao Olhar Direto.

Elisangela é formada em direito. No entanto, quando prestou concurso passou para técnico administrativo e realizou diversos cursos bancados pelo Governo do Estado. Ela relata que em 2003 tinha assumido a função de ser responsável pelo setor de RH, e era obrigada a participar de todas as reuniões. Só que resolveu abrir mão do cargo e então ocorreu sua primeira transferência, para o setor de Educação Continuada, no qual, mais uma vez se recusou a assumir a responsabilidade pelo departamento. 

Novamente José Esteves determinou a transferência da servidora  ao CPD, para atuar como digitadora e tirar xerox, função que se recusou e apesar de tirar a máquina do setor, o diretor determinou que a fechadura fosse trocada e mudou Elisangela para o setor de raio X.

A servidora exigiu uma explicação da parte do médico que apenas lhe disse que se não aceitasse a troca abriria um processo por desobediência. Então ela permaneceu no departamento para digitar os laudos até 2007, quando engravidou. Vale destacar, que o setor de raio X não é recomendado para gestantes.

Com cinco semanas de gravidez, Elisangela passou mal devido a perseguição que vinha sofrendo no hospital provocada pelo diretor. A médica dela recomendou uma licença de 90 dias. Quando retornou foi enviada para o setor de laboratório, onde permaneceu até o nascimento de seu filho, em dezembro de 2007.

Cunha aproveitou a licença maternidade e retirou dois meses de férias vencidas, além de licença prêmio, ficando nove meses afastada do hospital. Ao retornar foi enviada ao setor de cadastro, mas em três dias Zé Esteves determinou que retornasse para o RH, em setembro de 2008.

Porém nesta semana, Elisangela mais uma vez recebeu um comunicado de que teria que ser transferida novamente para o raio X. Só que desta vez ela resolveu comprar briga e exigiu que o diretor assinasse um documento e justificasse sua transferência. 

 A servidora recebeu então, um comunicado interno assinado pela gerente administrativa e financeira do hospital. Ela não aceitou e exigiu a assinatura do diretor, que ameaçou denunciá-la para o secretário de Estado de Saúde sobre a desobediência.

Conforme a reportagem do Olhar Direto já havia denunciado, não são apenas os servidores que sofrem com os maus tratos do médico José Esteves. Os pacientes precisam recorrer ao Ministério Público para serem atendidos. Além disso, ele utiliza-se de carros do Estado para vir a Cuiabá atender pacientes em sua clinica. 

Por mais de uma vez, o Olhar Direto tentou entrar em contato com José Esteves, porém o mesmo não atendeu e nem retornou as ligações. 

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