As novas provas do megaconcurso público já têm data definida. Conforme recomendação do Ministério Público Estadual (MPE), as próximas provas serão aplicadas em duas datas distintas: 31 de janeiro, para cargos referentes à educação e outros processos realizados em apenas uma etapa e dia 21 de fevereiro, para cargos ligados à segurança pública. O anúncio foi feito há pouco pelo governador Blairo Maggi em coletiva à imprensa.
Outra novidade é que desta vez o Executivo ficará responsável por toda a logística do concurso. À Unemat caberá apenas a elaboração das provas. “A Unemat continuará conosco, deverão nos entregar as provas lacradas, e toda a coordenação - logística, organização, fiscalização e distribuição, ficará sob responsabilidade do governo”, declarou Maggi.
Para isso, uma Comissão de Acompanhamento, integrando representantes da Secretaria de Administração do Estado (SAD), Delegacia Fazendária, Controladoria Geral da União, Polícia Militar e Civil, Bombeiros e outras secretarias. “Todos os secretários terão que participar da coordenação do concurso daqui para frente. Convidarei também servidores públicos para nos auxiliar”, adiantou Maggi ao explicar que contará com uma “força de elite” para a execução dos procedimentos. Segundo o governador, a criação da Comissão de Acompanhamento deverá ser publicada ainda esta semana.
Na primeira coletiva à imprensa depois do fiasco do megaconcurso, Maggi comparou o ocorrido à uma "viagem que ia bem e foi interrompida no meio do caminho por um imprevisto".
Ele definiu a aplicação das provas do maior concurso do país como um “desastre” e admitiu que o Executivo falhou ao não interpretar "sinais" de que alguma coisa não ia bem. Depois, aproveitou para fazer um pedido formal de desculpas. “Foi um desastre. Temos que reparar. O que posso fazer é pedir as mais sinceras desculpas”, disse.
Questionado se manter a Unemat no certame não significava reincidir no erro, Maggi pondera. “Talvez o caminho mais fácil fosse despedir todo mundo e contratar uma nova instituição para gerir tudo. Mas estamos confiantes de que os erros não serão repetidos”. O governador revelou ainda que mesmo se identificadas ilegalidades no processo seletivo realizado pela Universidade no domingo, não há um "plano B", para substituição da prestação de serviços.
Apesar da antecipação das provas, nada deve mudar na data de publicação dos aprovados. “Candidatos que farão provas de uma fase deverão ser chamados até abril (conforme prevê legislação eleitoral). Mantendo a especificação anterior, aqueles que concorrem cargos que exigem mais de uma etapa (como cargo de delegado por exemplo) não têm prazo para serem chamados”, disse Maggi.
Sobre os prejuízos que a aplicação de novas provas poderiam gerar ao erário público, o governador argumentou que os custos extras serão pagos pela Universidade: "a Unemat teria uma margem de lucro com a realização do concurso, eles têm uma gordura para queimar. O prejuízo será no bolso deles e não no meu".
Atualizada às 16h24
