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Sábado, 22 de junho de 2024

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Visita do ministro Gilmar Mendes deve resolver impasse da greve

Foto: Lucas Bólico/ OD

Ontem os grevistas bloquearam a entrada do Fórum da capital. Paralisação segue por tempo indeterminado

Ontem os grevistas bloquearam a entrada do Fórum da capital. Paralisação segue por tempo indeterminado

Os servidores grevistas do Tribunal de Justiça de Mato Grosso recuaram nas estratégias de ação. A paralisação continua por tempo indeterminado, mas diferentemente de ontem quando sitiaram o Fórum de Cuiabá impedindo a entrada de pessoas no local, os líderes do movimento garantem que irão manter só  manifestações amenas. A expectativa dos grevistas é de que a visita do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes, hoje e amanhã à capital, resolva o impasse. 


Depois de defender o radicalismo como instrumento de negociação, o presidente do Sindijusmat, Roosenval Rodrigues, muda o discurso e afirma que o diálogo é a melhor forma para buscar entendimento. “Já demos o recado ao Tribunal, mostrando que estamos fortes e unidos. Continuaremos paralisados por tempo indeterminado, mas estamos confiantes que o impasse será resolvido em breve”, declarou.

De acordo com o presidente do Sindijusmat, a expectativa é que a vinda de Mendes a Cuiabá, nesta sexta-feira e sábado, possa mudar o rumo das negociações. O ministro participará hoje da cerimônia de instalação do Sistema Integrado de Mandado de Prisão (Simp), no TJ. “Estamos esperançosos que a visita do ministro Gilmar Mendes vai nos auxiliar, já que o presidente [do TJ Mariano Travassos] coloca a culpa no CNJ e Mendes é presidente do CNJ”, reiterou Rodrigues.

A Ordem dos Advogados do Brasil criticou a manifestação grevista que impediu a entrada de pessoas ontem no Fórum. O presidente da OAB, Francisco Faiad, definiu o bloqueio como “atentado contra a cidadania”.

“O que ocorreu ontem foi absurdo, abusivo. Foi um atentado ao direito de todo cidadão impedir o funcionamento de um órgão essencial para a sociedade”, pontuou o advogado. Faiad defende que pelo menos 30% dos servidores de todos os setores do Judiciário continuem executando suas atividades normalmente.

A greve é decorrência da insatisfação dos servidores em relação à gestão de Travassos. A tônica do conflito foi a negativa do desembargador em pagar a correção da troca de moeda do URV (Unidade Real de Valor) para o Real.

"Queremos apenas que ele cumpra com os seus compromissos. Não aceitamos mais desculpas para o não-pagamento de licença-prêmio, plantão de funcionários e principalmente da diferença salarial da URV, que já foi aprovada pelo Tribunal Pleno do TJ. Chega de desculpas ! Queremos que o CNJ intervenha!", esbravejou o presidente do Sinjusmat.

A paralisação teve início no dia 16 de novembro. O sindicato estima que 95% dos 5.500 trabalhadores do Judiciário estejam sem trabalhar.

De acordo com o presidente do Sinjusmat, nenhum protesto deverá ser feito hoje durante a visita de Gilmar Mendes. Amanhã (28), o ministro vai palestrar no workshop Delegação e Regulação de Serviços Públicos Brasileiros, sobre o tema “Cenário Constitucional e Legal das Concessões do Transporte Intermunicipal no Brasil pós Constituição de 88”. O evento deste sábado começa às 8h30 no Palácio Paiaguás.
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