A família do detento Paulo Nobre entrará na Justiça para pedir explicações sobre a trágica morte ocorrida no final do mês de novembro. Ele apareceu queimado dentro de uma cela da Delegacia de Canarana, no Médio Araguaia.
De acordo com o relato de um policial plantonista no presídio, ele encontrou o preso gritando por socorro com fogo na metade do corpo. O policial ainda tentou ajudar jogando água no corpo do detento.

O preso bastante ferido foi conduzido ao hospital de Canarana e seria levado para o Hospital de Queimaduras em Goiânia, porém não resistiu aos ferimentos e faleceu. O fato ocorreu no dia 29 de novembro, segundo informou a mídia local.

O delegado Marcelo Fernandes Jardim informou que foi aberto um inquérito para apurar as causas do incêndio dentro da cela. O trabalho será realizado em conjunto com a Policia Técnica que esteve recolhendo elementos junto à delegacia de Canarana.

De acordo com a polícia, o detento era motorista e havia sido preso três vezes na semana que antecedeu ao incêndio. No dia 29, ele havia sido preso porque se envolveu num acidente dirigindo embriagado um caminhão que colidiu com outro veículo. Paulo Nobre prestava serviço para comunidade xavante da região.

No dia da sua última prisão, ele recebeu a visita da esposa que levou um isqueiro e cigarros para o detento. A polícia deu uma espuma tipo colchonete para ele passar à noite e suspeita que o detento colocou fogo no colchonete atingindo-o, talvez por estar embriagado ou porque tentou chamar atenção para a prisão.

O delegado explicou que pode ter sido um acidente ou algo premeditado para chamar atenção. Marcelo Fernandes prefere esparar a conclusão do relatório dos peritos para concluir o caso.