Por volta de 15h desta quarta-feira (9), Marli dos Santos Mendes, 38 anos, acabou com a frente do seu carro. Ela bateu seu Gol branco na traseira de um ônibus em plena avenida Isaac Póvoas. Motivo: o motorista parou no meio da pista para deixar os passageiros descerem e ela não freou a tempo.

Sem seguro do carro e sem testemunhas, Marli dos Santos se desesperou. Aos prantos pedia ajuda e dizia que não era a culpada. “Meu Deus, perdi meu carro”, lamentava. O motorista de ônibus parado no meio-fio, mais calmo, explicava o ocorrido. “A fila de carros estava muito grande, puxaram a cordinha e eu parei para os passageiros descerem”, dizia.

O fato que desencadeou a batida de carro envolvendo Marli e o motorista Claudio Luiz é mais comum do que parece. Diariamente os motoristas de ônibus param fora dos pontos. Se o motorista que estiver atrás não ficar atento, o fim da história pode ser o mesmo de Marli dos Santos.

Tal prática dos motoristas de ônibus geralmente ocorre nos lugares de maior trânsito de carros. Para não ter de entrar no desvio do ponto de ônibus, deixando a via livre para o tráfego, e depois ter de retornar, os motoristas preferem ‘economizar tempo’ parando no meio da rua.

Quem perde com essa prática são os passageiros que embarcam e desembarcam do coletivo no meio da rua e correm o risco de serem atropelados. Isto, além dos motoristas que dirigem atrás do ônibus que têm de ter o dobro de atenção. E em caso de batida, a pressa do motorista se torna a causa do atraso da viagem dele e dos passageiros.