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Terça-feira, 18 de junho de 2024

Notícias | Cidades

Operação Hygeia

Perícia e oitivas atrasam fim de inquérito contra fraudes na Funasa

A realização de perícias em documentos adiou a conclusão do inquérito da Operação Hygeia, desencadeada pela Polícia Federal para apurar supostas fraudes em licitações da Fundação Nacional da Saúde (Funasa) feitas por meio das Oscips (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público). Trata-se de instituições sem fins lucrativos com poder legal de contratar com entidades públicas e que, segundo as investigações, o rombo pode chegar a R$ 200 milhões.


A conclusão do inquérito estava previsto para esta sexta-feira (16), mas com a pendência da perícia, a delegada Heloisa Albuquerque, responsável pelo caso, quer estender as investigações até a próxima semana. A análise de documentos apreendidos ainda não foi finalizada e restam dados que precisam ser confrontados.

Outro motivo apontado também se refere as oitivas que vem sendo realizadas desde o dia 7 de abril, data em que 31 pessoas foram presas acusadas por formação de quadrilha, estelionato, fraude em licitações, apropriação indébita, lavagem de dinheiro, peculato, corrupção ativa e passiva, prevaricação.

Até o momento 20 pessoas prestaram depoimento e conforme informação da delegada repassada por meio da assessoria será necessário agendar novas oitivas para que o relatório seja finalizado. Ontem, a delegada pediu a prisão preventiva de 15 acusados e que foi acatado pelo Ministério Público Federal (MPF).

Nesta sexta-feira (16) vence o prazo das prisões temporárias e caberá ao juiz federal Julier Sebastião da Silva acatar ou não o parecer do procurador da República Mário Lúcio Avelar. A decisão deverá ser anunciada ainda hoje. A presidente da Oscip Instituto de Desenvolvimento Humano, Econômico e Ação Social (Idheas), Maria Guimarães Bueno, também foi presa pela PF em Belo Horizonte (MG), nesta sexta, e o seu depoimento será fundamental.

As investigações já apuraram que as fraudes somam R$ 51 milhões e de acordo com a Controladoria Geral da União (CGU) podem chegar a R$200 milhões. A delegada já indiciou 46 pessoas envolvidas no esquema de desvio, sendo as 35 que tiveram a prisão decretada e outras 11 que ainda estão em liberdade. No entanto, os números poderão aumentar até o fim das investigações.

Entre os indiciados estão o ex-petista Valdebran Padilha, que ficou conhecido em 2006 como um dos "aloprados" que tentaram vender um suposto dossiê contra o PSDB, além de pessoas como os dirigentes do PMDB: Carlos Miranda (tesoureiro do diretório estadual do partido), Rafael Bastos (secretário-geral) e Luis Gomes Bezerra (empresário e sobrinho do deputado federal Carlos Bezerra).


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