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Terça-feira, 01 de outubro de 2024

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ETA I comemora 68 anos de construção

O projeto original da Estação de Tratamento de Água – ETA I, da Companhia de Saneamento da Capital (Sanecap), localizada na Avenida Presidente Marques, em Cuiabá, hoje denominada “engenheiro José Brunello Bombana” foi construída pela empresa Coimbra Bueno e Cia.ltda., no governo Julio Muller e faz parte das obras construída da gestão Getúlio Vargas, recebeu o nome de “Torre de Água” e foi inaugurada em 19 de abril de 1942, com 122 L/S. Hoje atende com uma vazão de até 132 l/s, no período da seca e 420 casas por hora, na capital.


A torre foi locada de acordo com o plano geral de abastecimento d`água da capital, obedecendo aos níveis determinados pelo projeto da parte hidráulica. As escavações para a fundação foram levadas até o terreno firma, o piso sob a caixa foi elevado de 0.20 m. sobre o terreno vizinho, onde o aterro foi feito com material limpo e homogêneo.
As fundações sob as sapatas foram executadas e as fundações das paredes de alvenaria são em concreto ciclópico, os pilares em concreto armado, onde a taxa de trabalho do terreno não poderia ultrapassar a 1, 5 kg/cm. Se o terreno apresentasse heterogeneidade, seria modificado o tipo descrito, empregando-se processos especiais, tais como radieis vigas de fundação, etc.

Em toda a área coberta e mais numa faixa de 1metro e, em volta da mesma, foi estendida camada de 10 cm de espessura de concreto de modo a formar a camada impermeabilisadora, cujos trabalhos eram para dar o rápido escoamento das águas.

Toda a estrutura da torre, comprendeu sapatas, pilares, vigas, percintas, lages, escadas, paredes e cobertura, em concreto armado. O cálculo especificando no regulamento da Prefeitura do Distrito Federal, à época Rio de Janeiro (Decreto 6.000 de 01/07/1937), onde o concreto empregado foi do tipo 350 e a taxa de trabalho de aço não deveria ultrapassar a 1.000 kg/cm.

No elemento da caixa propriamente dita foram tomadas todas as precauções para obter de um concreto compacto e impermeável. O revestimento das faces aparentes do concreto foram chapiscadas com argamassa forte de cimento, sendo depois de feito o revestimento rústico do tipo “vassourinha”, e caiado em tom a escolher. A cobertura, o fundo e as paredes da caixa, foram impermeabilizados com capa de argamassa de cimento e areia fina traço 1:2 tendo adicionado tipo “sika”, d´ água ou equivalente.

O concreto geral, as escadas e as lages do piso foram cobertas com cimentado áspero, tendo a argamassa a espessura de 2 cm. O guarda corpo, as escadas e patamares foram protegidos de um lado por grade de ferro com 0.90 de altura formada por montantes de ferro redondo de 1/2” e peitoril e rodapé de ferro chato 1-1/4”, onde a grade levou uma demão de zarcão e 2 de betuvia ou equivalente.

A caixa de ventilação foi disposta na cobertura é protegida por tela metálica. Os pára-raios foram instalados com uma haste cordoalha de cobre e chapa enterrada profundamente no solo, onde a cordoalha foi protegida por tudo galvanizado até 2 m, a partir do solo. Foi instalada uma escada de ferro, tipo marinheiro, para acesso à caixa.

A instalação elétrica foi feita em três pontos de luz, um em cada patamar e mais duas tomadas de corrente na borda interior da caixa e a tubulação em eletrodutos, aparente. As tubulações, registros, bombas, dispositivos automáticos, bóias, ladrões, bem como, as instalações de força e ligação, etc., não se incluem na parte construtiva propriamente dita e ficam dependentes da parte hidráulica do projeto.

O texto acima citado tem como fonte o Arquivo Público do estado de Mato Grosso, localizado à Avenida Presidente Vargas, nesta capital e está fiel à linguagem e vocabulário da época.
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