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Terça-feira, 30 de julho de 2024

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'Surf adventures 2' traz aspectos inusitados do esporte

Em tempos de crise, nada melhor do que enfiar a cabeça na água para esquecer a falta de dinheiro ou a alta do dólar. No documentário "Surf adventures 2 - A busca continua", que estreia em circuito nacional nesta sexta-feira (27), nenhum dos entrevistados parece preocupar-se com qualquer crise. O único dilema é saber onde e quando será possível pegar a próxima onda perfeita.


A crise é uma espécie de fantasma, que só amedronta quem acredita nessas coisas e não persegue nomes de ponta do surfe brasileiro, como Marcelo Trekinho, Phil Rajzman, Raoni Monteiro, Fábio Gouveia e Adriano Mineirinho. Nenhum deles, aparentemente, tem a menor dificuldade para viajar a lugares como Peru, México, Chile, Taiti e Austrália.

Nem é necessário dizer que "Surf Adventures 2 - A busca continua" foi pensado para um público específico, aquele que pega ondas e que gostaria de estar na pele dos surfistas da tela, ou melhor, no centro de algumas ondas gigantescas.

O primeiro filme, de 2002, dirigido por Arthur Fontes, vendeu mais de 250 mil ingressos, tornando-se um dos documentários mais vistos da história do cinema brasileiro.

A receita do sucesso é simples: muito sol, muita praia, muita gente bonita e pouca preocupação. Aqui, a fórmula é repetida para agradar a esse mesmo público. As filmagens foram feitas com câmeras super 16 mm, que em alguns momentos estão instaladas nas próprias pranchas, levando os espectadores para dentro de um "tubo".

Se há um diferencial aqui, é o surfe na pororoca do rio Araguari, no Amapá. Ali acontecem campeonatos de surfe na pororoca - uma categoria menos conhecida do que a tradicional, no mar. As cenas são as mais interessantes, pois embora não mostrem a beleza de ondas gigantescas, exploram algo inusitado.

Dirigido por Roberto Moura, que assinou a produção do primeiro filme, "Surf adventures 2" tem o texto da narração escrito por Pedro Cezar - um dos co-diretores de "Fábio fabuloso" (2004). Embora as imagens falem por si mesmas, o diretor parece não acreditar muito na força delas, investindo numa narração incessante, feita pelo comediante Hélio de la Peña, do "Casseta & Planeta". O texto, aliás, é pouco inspirado e insiste em algumas piadas sem graça, como frases de duplo sentido envolvendo a palavra "Peru".

Para embalar toda a beleza visual, uma trilha sonora escolhida a dedo combina músicas pop antigas e modernas, brasileiras e estrangeiras. É possível ouvir Santana e Grateful Dead ao lado de Mutantes e Novos Baianos, ou Bond do Rolê e Pata de Elefante.
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