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Quinta-feira, 01 de agosto de 2024

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RESGATE

Documentos históricos restaurados no Rio de Janeiro voltam para Mato Grosso

Depois de um ano e seis meses, os quatro livros centenários levados para o Rio de Janeiro para serem restaurados retornaram para seu lugar de origem, o Arquivo Público de Mato Grosso, ligado a Secretaria de Estado de Administração (SAD).

Depois de um ano e seis meses, os quatro livros centenários levados para o Rio de Janeiro para serem restaurados retornaram para seu lugar de origem, o Arquivo Público de Mato Grosso, ligado a Secretaria de Estado de Administração (SAD). Os documentos haviam sido levados para a Fundação Casa de Ruy Barbosa, no Rio de Janeiro em outubro de 2007.


Os documentos restaurados foram o “Annaes do Sennado da Câmara do Cuyabá – 1719 a 1830”, já transformado em livro e CDRom, o “Códice de Cartas Régias, Alvarás e Provisões: 1702 – 1748” e o livro da “Diretoria Geral dos Índios”, dividido em dois volumes: de 1848 – 1860 e de 1860 – 1873.

Conforme análise dos peritos da Fundação Casa Ruy Barbosa, parte do material encaminhado para restauração estava comprometido, principalmente o livro Diretoria Geral dos Índios.

Os livros não serão colocados a disposição dos pesquisadores , pois a exemplo do “Annaes do Sennado”, os três documentos serão transformados em livros para facilitar o acesso do público interessado.

O superintendente de Arquivo Público, Cláudio Alves Borges, explicou que o objetivo dessa restauração é a preservação da história. “É preciso resguardar esses livros para que as futuras gerações tenham conhecimento de uma época que foi fundamental para a nossa evolução, para o crescimento da sociedade. Resgatar esses livros é maravilhoso. São documentos que datam de 1712 e que nos fazem voltar no tempo. É preciso conservar para não rasgar a história e dar continuidade para o futuro”.

Para a historiadora do Arquivo Público, Candelária Monteiro de Campos Neta, a importância de se restaurar os livros é manter a história viva. “São os originais de uma história. A evolução tecnológica é muito grande, mas se você não conseguir migrar as informações para os meios atuais você acaba perdendo a informação e terá que voltar para os papéis. Conservando, nós teremos essas informações para o futuro, pois sempre estarão lá para serem consultadas”.

O secretário de Administração, Geraldo de Vitto Jr, salientou a importância de se restaurar os documentos e a preocupação do Governo do Estado em preservar o passado e a história, tanto de Mato Grosso como do Brasil, já que os livros relatam fatos ligados a colonização do país. “Um povo sem passado é um povo sem história, e é preciso preservar essa história para que possamos entender quem somos, seja como indivíduos, seja como sociedade”.

HISTÓRIA - O livro das provisões reais, que é o Códice de Cartas Régias, Alvarás e Provisões, é o mais antigo do acervo do Arquivo Público. A primeira carta, datada de 1º de Abril de 1702, descreve instruções aos ministros das juntas das missões da capitania do Rio de Janeiro sobre a administração de índios. O livro termina trazendo a comunicação, pelo Conselho Ultramarinho, da divisão das capitanias de Goiás e de Cuiabá pelo Rio Grande, com data do dia 17 de maio de 1748.
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