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Sexta-feira, 04 de outubro de 2024

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Assange classifica biografia publicada como 'memórias prostituídas'

Uma biografia de Julian Assange chega às prateleiras nesta quinta-feira no Reino Unido apesar da rejeição do fundador do WikiLeaks, que tentou romper o contrato com a editora após ler sua primeira versão, considerada por ele como 'memórias prostituídas'.


No livro intitulado: 'Julian Assange: uma biografia não autorizada', que teve alguns trechos publicados pelo jornal 'The Independent' nesta quinta-feira com exclusividade, Assange se declara 'um pouco autista, como todos os hackers', afirma que o governo dos Estados Unidos quis preparar uma 'armadilha' para ele e nega categoricamente ter estuprado duas mulheres na Suécia.

O diretor do WikiLeaks, que divulgou milhares de documentos comprometedores dos governos de todo o mundo em seu site, garante que seu processo de extradição é uma farsa e que teve relações sexuais consentidas com as duas mulheres.

Nos fragmentos do livro que o jornal britânico publica nesta quinta-feira, Assange relata onde aconteceram seus encontros na Suécia com as mulheres que o acusam de abuso sexual.

Assange lembra que quando chegou à Suécia em 11 de agosto de 2010, foi informado por um de seus contatos em uma agência de serviços secretos que o governo americano reconhecia que seria difícil processá-lo, mas considerava lidar com Assange 'de forma ilegal'.

'A fonte especificou o que isso significava: encontrar algum tipo de vínculo entre Bradley Manning - o soldado acusado de ser a principal fonte nos vazamentos de mensagens diplomáticas - e o WikiLeaks, e se isso não fosse possível, usariam outras maneiras', relatou Assange.

Entre os meios ilegais, o australiano deu vários exemplos: 'Pôr drogas em meus pertences, 'encontrar' pornografia infantil em meu computador e procurar uma forma de me envolver em acusações de conduta imoral'.

Na passagem divulgada do livro, o australiano narra como aconteceram os encontros com as mulheres que o acusam de abusos sexuais e nega categoricamente tê-las estuprado.

'Não estuprei essas mulheres e não consigo imaginar o que os levou a pensar nisso, exceto que houvesse malícia, um plano conjunto para me prejudicar ou um mal-entendido entre elas', garante Assange.

O australiano fala do início do WikiLeaks e revela que após decidir usar os governos e as instituições como 'alvos', soube que sua vida 'nunca voltaria a ser a mesma'.

A biografia não autorizada foi escrita por Andrew O'Hagan depois de 50 horas de entrevistas com o ativista, que após ler o primeiro capítulo tentou romper o contrato com a editora escocesa 'Canongate'.

Julian Assange espera que o Tribunal Superior de Londres se pronuncie sobre sua possível extradição para a Suécia, onde é acusado de crimes de estupro e abuso sexual.

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