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Domingo, 04 de agosto de 2024

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Com Johnny Hallyday, "Vengeance" é apresentado em Cannes

A ação coreográfica do diretor Johnnie To, de Hong Kong, chegou ao Festival de Cannes com "Vengeance", protagonizado pelo roqueiro e ator francês Johnny Hallyday, enquanto o filipino Brillante Mendoza trouxe o sadismo em tempo real de "Kinatay".


A forte presença do cinema asiático nesta 62ª edição do Festival de Cannes continua revelando suas cartas, e que Johnnie To guardava na manga para conquistar o público francês foi o ídolo local Johnny Hallyday, além de referências aos filmes de Jean-Pierre Melville.

"Fico feliz com esta interação entre o cinema francês e de Hong Kong, e isso levará meus filmes a mais gente. Espero que 'Vengeance' seja o começo de uma colaboração constante", disse o diretor.

Com sua pele de lagarto e os efeitos da cirurgia estética, Hallyday assumiu com modéstia o papel secundário em Cannes e, no filme, adaptou-se como uma luva ao balé criminoso proposto por To.

"Em questão de diálogos, não tinha muito a aprender", reconheceu Hallyday, em referência ao estilo eminentemente visual de To.

"A maneira de trabalhar de Johnny é muito diferente. Lembra-me de quando fiz um filme com Godard. Ele me deu duas páginas de manhã e isso era tudo o que tinha que aprender para todo o dia", disse.

Guillaume Horcajuelo/Efe

Maria Isabel Lopez,Coco Martin e Mercedes Cabral prestigiam a exibição de "Kinatay"
A solidão é o fio condutor do personagem de Hallyday, chamado Costello, para realizar a vingança do título --quando um grupo de pistoleiros de Macau assassina seus netos, seu genro e deixa em estado crítico sua filha.

"Kinatay"

Brillante Mendoza também não precisa de muita premissa para criar o muito interessante "Kinatay", protagonizado por Coco Martin e María Isabel López, e com a qual volta à competição de Cannes apenas um ano após apresentar "Serbis".

"Kinatay" significa "massacre" em filipino. A violência, em consequência, é um dos ingredientes principais do filme, que cimenta a emergência do cinema do arquipélago asiático como uma das novas vozes dos circuitos de festivais.

Junto com Lav Diaz e Raya Martín, Mendoza forma um triunvirato que aposta, de diferentes maneiras, em uma linguagem difícil de classificar e, inclusive, de ver.

Em sua entrevista coletiva, Mendoza disse que quis "contar em tempo real uma experiência que mudará a vida de uma pessoa".

A atmosfera que cria para "Kinatay" é opressiva e sufocante. Suspende a ação para calar o espectador com a progressiva negligência moral do protagonista, um estudante da Polícia que embarca, logo após se casar, em uma viagem à humilhação e à tortura de uma prostituta chamada Madonna.
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