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Quarta-feira, 26 de junho de 2024

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Astro de ''O Lobisomem", Benicio Del Toro diz gostar de filmes de terror desde criança

Benicio Del Toro é fã dos filmes de terror da Universal “desde criancinha”, seu monstro favorito é a Criatura da Lagoa Negra “porque é tropical” e só o que lamenta de seu trabalho como o Lobisomem em questão no filme de Joe Johnston é “a trabalheira que era tirar a maquiagem. Muito pior do que colocar. Duas horas de maquiadores literalmente esfregando minha pele para descolar tudo, sozinho no trailer de maquiagem enquanto todo mundo já foi para casa dormir.”


A maquiagem, uma criação do seis vezes oscarizado mestre Rick Baker, é o que transforma o talentoso mas emocionalmente conturbado Lawrence Talbot (Del Toro) no Lobisomem do título, atualização do sucesso da Universal de 1941, estrelada por Lon Cheney Jr. “Rick Baker é certamente o melhor do mundo”, Del Toro diz. “É fascinante o modo como ele trabalha, usando o rosto como uma tela, como um artista criando uma pintura. Conversamos muito sobre a necessidade de referenciar o trabalho original de Lon Cheney Jr. que por sua vez continuava a tradição inovadora do pai. E acho que encontramos um meio termo entre as exigências das novas platéias, mais sofisticadas, e a humanidade que a criação original de Cheney deixava ver.”

Del Toro não é apenas o astro de "O Lobisomem" – é o produtor e o originador do projeto. Fã de filmes de terror, especialmente os da Universal, desde sua infância em Porto Rico – “eles estavam sempre na TV, eu morria de medo mas não tirava os olhos. Esses foram os primeiros nomes de atores que aprendi: Lon Cheney, Bella Lugosi, Boris Karloff..”- Del Toro sugeriu à Universal a refeitura do seu sucesso licantrópico de 1941. Sempre interessada na atualização de seu acervo de personagens – que já rendeu a lucrativa franquia da Múmia- a Universal imediatamente abraçou o projeto. “Nossa proposta era fazer uma homenagem ao filme original num ponto importante- haveria um ator no papel da criatura, nada de CGI. Mas, estando no século 21, podiamos levar as coisas um pouco mais adiante, poderíamos ter mais sangue, ser mais explícitos.”

Trabalhando com dois roteiristas –Andrew Kevin Walker, criador da primeira versão, e David Self, responsável pelo resultado final- del Toro levou o novo Lobisomem por caminhos mais complicados. “No filme original ele era mais passivo, uma vítima das circunstâncias, aqui ele é alguém interessado em agir, descobrir”, diz Benicio. “Também complicamos mais a relação pai-filho, e transformamos Lawrence em ator, com Hamlet como referência, pano de fundo. De resto, eu quis manter os elementos essenciais do original – os ciganos, a maldição, a bala de prata, a Lua Cheia, a transformação, No final, ficamos satisfeitos com o resultado. Acho que é um tributo à obra original que as platéias de hoje vão compreender.”

Até satisfazer todo mundo, "O Lobisomem" penou bastante, com uma demorada pós-produção que atrasou seu lançamento várias vezes. Não havia consenso quanto à qualidade dos efeitos, a integração de CGI com efeitos tradicionais, a trilha sonora (de Danny Elfman). Em sua estreia nos EUA em 12 de fevereiro, em plena temporada-Avatar, "Lobisomem" não fez feio na bilheteria, ocupando um honroso segundo lugar (atrás do filme de James Cameron) com mais de 31 milhões de dólares arrecadados. O bom desempenho popular é ainda mais notável porque Lobisomem é um filme de terror à moda antiga, gótico, sombrio e pessimista, sem a abordagem pop que impera, por exemplo, na franquia "Crepúsculo". “Ter um caso de amor com um vampirto é teoricamente mais fácil do que com um lobisomem”, Benicio diz, rindo. “Lobisomens são incontroláveis, irracionais. Mas eu acredito no apelo universal do filme de terror. Enquanto não soubermos de verdade o que nos espera do outro lado, vamos gostar de filmes de terror.”
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