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Sábado, 27 de julho de 2024

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Cildo Meireles faz sua maior exposição internacional em Barcelona

As instalações do artista plástico brasileiro Cildo Meireles chegam à Espanha nesta semana, na maior exposição internacional sobre ele, que começa nesta quarta- feira, 11 de fevereiro, e vai até 26 de abril, no Museu de Arte Contemporânea de Barcelona (Macba).


A exposição cobre toda a trajetória artística de Meireles, vencedor do Prêmio Velázquez 2008, de 1967 até a atualidade, com cerca de 80 criações de diversos tamanhos.

Na mostra pode-se ver desde um "anel bomba", que guarda em seu interior uma cápsula de pólvora apertada, dotado de lentes que fazem explodir a "bomba" quando expostas à luz solar, até um imenso quarto de 175 metros quadrados de sua instalação "Através".

Para o diretor do Macba, Bartomeu Marí, um dos três curadores desta ampla retrospectiva, "nas obras de Meireles, o espaço adquire conotações físicas, geométricas, históricas, psicológicas e antropológicas".

E nesse mundo não há hierarquia de tamanhos nem de escalas: um objeto minúsculo pode ficar monumental, como "Cruzeiro do Sul" (1969-1970), um diminuto cubo de madeira, e "Através" que, apesar de suas grandes dimensões, recria um cárcere opressivo.

Na obra "Desvio ao Vermelho", Meireles interage com a audiência através da reconstrução de um lar no qual todos os seus elementos --mobília, alimentos e objetos de decoração-- são vermelhos.

Além do visual

"Gosto de pensar a arte em termos que não estão limitados ao visual", afirma o artista, que gosta de jogar com outros sentidos como o tato, o ouvido e o olfato.

Esse é o caso das 201 bolas de "Eureka/Blindhotland", aparentemente todas iguais, mas com uma diferença de 5 gramas entre cada uma delas, ou dos 700 rádios que formam a escultura "Babel", cada um deles sintonizado em uma emissora distinta.

Em outra de suas peças mais célebres, "Volátil", o público entra em uma câmara escura em forma de U na qual percebe um falso cheiro de gás enquanto se desloca por uma superfície cheia de pós de talco.

Chama a atenção a opção de Meireles por utilizar um número elevado de elementos em suas obras como nos 2.000 ossos, 800 mil moedas e 800 hóstias de "Missão - Como construir catedrais".
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