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Domingo, 28 de julho de 2024

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Petróleo cai a US$ 45 com perspectiva de recessão

Os contratos futuros do petróleo operam em baixa, pressionados pela perspectiva de demanda fraca e pela expectativa de aumento nos estoques da commodity, de acordo com operadores. Às 11h57 (de Brasília), o contrato futuro do petróleo com vencimento em março negociado na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex) caía US$ 0,45, ou 1,98%, para US$ 45,28 o barril. Em Londres, o contrato do petróleo tipo Brent para março perdia US$ 0,67, ou 1,43%, para US$ 46,29 o barril.


"Para todos os efeitos, aparentemente ainda estamos concentrados no contexto de recessão e, apesar de alguns ralis nas commodities serem possíveis, estes movimentos serão recebidos com um alto grau de ceticismo", disse Edward Meir, analista da MF Global em Nova York.

"O aumento nos estoques na semana passada provavelmente está pesando sobre o sentimento", disse Harry Tchilinguirian, analista de petróleo do BNP Paribas, acrescentando que há poucas chances de um declínio acentuado nos estoques de petróleo. 

Mais cedo, os preços subiram com um aparente apetite dos investidores por petróleo que, juntamente com os avanços do ouro, dava a ideia de que ambas as commodities haviam recuperado o "status de ativo seguro", disse Andy Riddell, operador da ODL Securities.

Os comentários do presidente venezuelano, Hugo Chávez, sobre a possibilidade de mais cortes de produção pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) também deram suporte. "Se tivermos de reduzir a produção em mais 4 milhões de barris, vamos reduzir", disse Chávez em um programa de rádio, de acordo com um comunicado oficial.

Em mais um sinal de que os membros da Opep estão cumprindo as metas de corte de produção, uma autoridade iraniana afirmou que o país obedeceu às metas estabelecidas pelo cartel no ano passado e que não vende mais grandes quantidades de petróleo no mercado físico.

O Irã é o segundo maior produtor mundial de petróleo da Opep, atrás apenas da Arábia Saudita, e precisará suportar uma fatia proporcionalmente grande dos cortes de produção anunciados pelo cartel, que somam 4,2 milhões de barris por dia desde setembro do ano passado.

"A determinação da Opep para estabilizar os preços do petróleo por meio de cortes de produção deve favorecer a criação de um piso para os preços perto de US$ 40 (o barril)", disse Eugen Weinberg, analista do Commerzbank em Frankfurt. As informações são da Dow Jones.
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