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Terça-feira, 30 de julho de 2024

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FMI simplifica empréstimos e reduz exigências para distribuir ajuda

O FMI (Fundo Monetário Internacional) anunciou nesta terça-feira uma simplificação dos procedimentos para a concessão de seus empréstimos, com menos condições prévias, o que deve permitir à instituição distribuir ajuda com mais eficácia aos países em dificuldades. O dinheiro, porém, será dado apenas a países com fundamentos sólidos e bom histórico junto ao órgão.


"Essas reformas representam uma mudança importante no modo como o Fundo pode ajudar os Estados-membros, o que é particularmente necessário nestes tempos de crise mundial", destacou o diretor-gerente do FMI, Dominique Strauss-Kahn, em comunicado.

"Uma maior flexibilidade nos nossos empréstimos, além de condições simplificadas, nos ajudarão a responder de forma eficaz às necessidades variadas de nossos membros. E isso lhes permitirá, em retorno, atravessar a crise e retomar um crescimento duradouro", continuou.

A principal janela desta reforma é a criação de uma nova modalidade de empréstimo, chamada de linha de crédito flexível, que tem por objetivo auxiliar países que o FMI considera "bem administrados, com fundamentos, políticas e um histórico de adoção de suas políticas muito sólidos".

Essa nova forma de empréstimos, sem critério de desempenho nem limite de valor, permitirá aos Estados-membros obter uma linha de crédito "por precaução", sobre a qual poderão sacar no momento que considerarem necessário.

O FMI disse que quer emprestar "apoiando-se em critérios preestabelecidos onde for apropriado", mais do que sobre critérios de desempenho que condicionavam, até agora, a concessão de parcelas consecutivas.

Brasil
Praticamente junto com o anúncio, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que apesar de positiva, o Brasil não precisa da linha.

"Essa linha é um grande avanço dentro do FMI, porque ela não exige aquele monitoramento e o estabelecimento de metas de desempenho que havia nas linhas anteriores. Essa linha era um pleito do Brasil. É praticamente uma vitória nossa", disse Mantega.

De acordo com o ministro, a nova linha de financiamento não exige visitas periódicas de missões do FMI, como as que ocorriam, por exemplo, no Brasil nas décadas passadas. "Então não precisa mandar mais aquela comissão do fundo [FMI] ao país para ver como ele está, como ele não está. Não tem mais aquela coisa desagradável de carta de intenções que o Brasil fazia no passado. É muito mais simplificado", disse.

O ministro da Fazenda garantiu que o Brasil não precisará do financiamento, mas que os novos recursos do FMI serão úteis aos compradores de produtos nacionais. "Nós estamos pensando em outros países que estão precisando de liquidez nesse momento", disse.
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