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Terça-feira, 30 de julho de 2024

Notícias | Economia

Bovespa devolve ''exageros'' de ontem e fecha dia em queda de 2,27%

A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) devolveu parte do "dia gordo" de ontem. De um lado, os investidores preferiram embolsar os lucros com a disparada das ações ontem e revisaram a recepção eufórica ao plano do Tesouro americano para sanear os bancos. O câmbio manteve sua trajetória de baixa e desceu para R$ 2,24, a menor taxa desde o início de fevereiro.


O termômetro da Bolsa, o Ibovespa, recuou 2,27% no fechamento, aos 41.486 pontos. O giro financeiro foi de R$ 4,10 bilhões. Nos EUA, a Bolsa de Nova York fechou com retração de 1,49%.

O dólar comercial foi vendido por R$ 2,243, em declínio de 0,13%. A taxa de risco-país marca 416 pontos, número 1,71% acima da pontuação anterior.

A Bolsa brasileira teve a sua segunda maior valorização neste ano logo após o anúncio do Tesouro de que vai mobilizar pelo menos US$ 500 bilhões para tirar dos bancos os "ativos tóxicos" --créditos problemáticos gerados na crise dos "subprimes"-- passando adiante esses papéis por meio de leilões com investidores privados, fornecendo ao mesmo tempo grandes garantias.

As condições oferecidas pelo governo entusiasmaram uma boa parcela dos investidores e analistas, que viram uma possível "luz no final do túnel" para o impasse dos bancos, carregados de papéis podres e com a circulação de crédito travada. Hoje, no entanto, com a "cabeça fria", ganharam maior relevância as primeiras dúvidas sobre a viabilidade dessas propostas.

"Mesmo com a participação do governo com capital e garantias no fundo para compra de ativos tóxicos, é incerta a atratividade tanto por parte de quem ofertará as carteiras de títulos tóxicos (...), como por parte da demanda", questionava o economista-chefe do banco Fator, José Francisco Gonçalves, em relatório aos investidores logo na abertura do mercado.

Dinheiro estrangeiro
Entre as principais notícias do dia, o Banco Central revisou sua previsão para os investimentos estrangeiros no setor produtivo, de US$ 30 bilhões para US$ 25 bilhões. Em 2008, os investimentos estrangeiros alcançaram o valor recorde de US$ 45,06 bilhões.

Ainda segundo o BC, houve uma queda nos gastos dos brasileiros com viagens internacionais, de US$ 1,786 bilhão registrado no primeiro bimestre de 2008 para US$ 1,294 bilhão entre janeiro e fevereiro deste ano.

O presidente do Federal Reserve (o Fed, o banco central americano), Ben Bernanke, defendeu a ajuda federal à seguradora AIG (American International Group) sob argumento de que a quebra dessa empresa teria imposto riscos "inaceitáveis" para o sistema financeiro global e para a economia americana.
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