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Quarta-feira, 26 de junho de 2024

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Europa possui ferramentas para passar por nova crise, diz Barroso

A Europa possui todos os instrumentos necessários para lidar com outras crises, depois de Grécia e Irlanda, afirmou neste domingo o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso, entrevistado pela emissora de rádio francesa Europe 1.

"Temos todos os instrumentos para o caso de haver outras crises" na Europa, garantiu Barroso, indagado sobre os riscos de contágio da crise irlandesa para o resto da União Europeia. "Existe a capacidade para enfrentar qualquer tipo de crise, seja através dos fundos (de emergência), seja por toda sorte de medidas", acrescentou, referindo-se ao fundo de resgate criado depois da crise da dívida na Grécia.

O acordo da UE de ajuda à Irlanda foi concluído e deve ser assinado ainda neste domingo.

Entenda
O primeiro-ministro da Irlanda, Brian Cowen, disse no dia 21 de novembro que o seu país, a União Europeia (UE) e o Fundo Monetário Internacional (FMI) fecharam um acordo por um empréstimo para equilibrar as contas públicas irlandesas. Segundo o ministro irlandês das Finanças, Brian Lenihan, ainda não foi definido o valor do resgate, mas está sendo discutida uma quantia de 85 bilhões de euros (R$ 195,6 bilhões), que será usada para diminuir o déficit orçamentário do país para 3% do PIB até 2014.

No dia 24, a Irlanda definiu um plano de austeridade para economizar 15 bilhões de euros (US$ 20 bilhões), que inclui elevação das idades de aposentadoria, corte de empregos e reajuste de impostos. A primeira fase do plano será acertada em 7 de dezembro no Parlamento, com a apresentação do Orçamento para 2011, cuja aprovação é chave para que Irlanda possa ter acesso ao resgate financeiro do FMI e UE. Outros países, como a Suécia e a Grã-Bretanha, indicaram que poderão fazer empréstimos adicionais à Irlanda.

O governo irlandês será o segundo país europeu a receber um empréstimo da UE e do FMI para combater os efeitos da crise. Em maio, a Grécia negociou um pacote de 110 bilhões de euros, a serem repassados ao longo de três anos. Agora as atenções se voltam para Portugal, outra economia da zona do euro com alto nível de endividamento.

Países como Irlanda e Portugal vivem situação preocupante para lidar com seus déficits. O ministro das Finanças português, Fernando Teixeira dos Santos, disse ao Financial Times que há um risco enorme de que seu país seja obrigado a buscar ajuda internacional, pois os mercados estão considerando Grécia, Irlanda e Portugal como um único conjunto.
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