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Sábado, 29 de junho de 2024

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BNDES recebe até março propostas de gestores de fundo para o setor audiovisual

Até 15 de março de 2011, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) receberá propostas de gestores para um fundo de investimento que tem como objetivo capitalizar empresas do setor audiovisual. A chamada pública para selecionar gestores para o Funcine do BNDES foi aberta nessa sexta-feira (10), e traz uma novidade em relação aos demais fundos de financiamento para o setor. Em vez de investimento em projetos de produção de filmes para cinema e TV, o foco será a capitalização e melhoria da gestão e governança do setor.


De acordo com o BNDES, os recursos do fundo poderão ser usados para investimentos nos planos de negócios de empresas de toda a cadeia produtiva do setor audiovisual. Isso envolve desde produtores, distribuidores e exibidores cinematográficos até empresas prestadoras de serviços de infraestrutura para o setor, considerado hoje um dos mais dinâmicos da economia mundial.

O processo de seleção de gestores, a cargo de um comitê de superintendentes do BNDES, deverá ser concluído em maio do ano que vem. Depois disso, caberá aos gestores estruturar o novo fundo e atrair investidores para compor o seu capital. O BNDES se compromete a aportar até R$ 30 milhões, limitados a 70% do patrimônio comprometido do Funcine. Um comitê formado pelo BNDES e pelos demais cotistas decidirá quais empresas receberão recursos do fundo.

Com o crescimento em volume, padrão artístico e técnico da produção cinematográfica brasileira, e o consequente aumento do interesse do público pelos filmes nacionais, o BNDES considera que este é um bom momento para se investir no setor. O mercado de televisão também é promissor, com as mudanças na legislação em debate no Congresso Nacional para obrigar os canais de TV por assinatura a exibir um percentual mínimo de conteúdo nacional.

Para o produtor cinematográfico Nelson Hoineff, a criação de um fundo destinado à capitalização das empresas do setor é fundamental. “As empresas da cadeia produtiva do audiovisual, sejam produtoras, distribuidoras ou exibidoras, precisam se capitalizar, em face da expansão do mercado”, afirma Hoineff, diretor-presidente da Comunicação Alternativa (Comalt), que produz documentários para cinema e televisão, além de programas jornalísticos para TV.

Desde 2005, o BNDES investe em fundos destinados ao setor audiovisual regulamentados pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e pela Agência Nacional de Cinema (Ancine). Atualmente, o banco atua em cinco fundos, sendo três em operação e dois em fase de captação. O total aplicado nos fundos em operação é de R$ 21,9 milhões.
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