O ministro equatoriano de Recursos Naturais Não Renováveis, Wilson Pástor, anunciou neste sábado que a Opep não realizará mudanças em seu atual nível de produção, apesar do recente aumento no preço do petróleo.

"Não há mudanças", disse Pástor à imprensa após uma reunião de apenas algumas horas.

Os ministros já haviam declarado à imprensa que não tinham intenção de aumentar o bombeamento, apesar de o valor do barril de referência nos Estados Unidos ter chegado aos US$ 90 na terça-feira passada.

"Os fatores fundamentais são bons. O mercado está em equilíbrio agora", disse o ministro do Petróleo e Recursos Minerais da Arábia Saudita, Ali al-Naimi, que minimizou a recente alta do valor do petróleo.

"Os preços sobem, os preços descem", afirmou o ministro da Arábia Saudita, o membro mais poderoso do grupo por ser o maior exportador de petróleo do mundo.

A cota dos 11 países do cartel sujeitos a restrições de produção está fixa em 24,84 milhões de barris por dia desde dezembro de 2008.

Apesar do peso da dívida pública em alguns países da Europa, que assustou os mercados o ano todo, o crescimento mundial se acelerou e, com isso, aumentou o consumo de energia.

Tanto a Opep como a Agência Internacional da Energia (AIE) elevaram suas previsões de demanda de petróleo em 2010 e 2011.

O barril de petróleo de referência nos Estados Unidos ficou mantido entre US$ 70 e US$ 80 durante todo o ano, mas recentemente subiu, chegando aos US$ 90 na terça-feira, seu maior nível desde 2008.

Na sexta-feira o Petróleo Intermediário do Texas (WTI, leve) fechou em US$ 87,79 por barril (159 litros), o que representa um descenso de 0,65% na jornada.