Os contratos futuros do petróleo operam em leve alta, acompanhando o avanço no mercado de ações e uma leve desvalorização do dólar ante o euro, após registrar queda mais cedo. Os avanços são limitados pelo contexto de estoques elevados da commodity nos EUA e pela turbulência na economia mundial.
Às 12h53 (de Brasília), os contratos futuros do petróleo para maio negociados na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex) subiam US$ 0,07, ou 0,14%, para US$ 48,48 o barril, após registrarem mínima pela manhã de US$ 47,77 o barril. Em Londres, o contrato do petróleo tipo Brent para maio avançava US$ 0,07, ou 0,15%, para US$ 48,06 o barril.
Ontem o petróleo recuou US$ 4, acompanhando o declínio do mercado de ações, que caiu devido a receios em relação ao futuro das montadoras General Motors e Chrysler.
"A onda de vendas de ontem foi excessiva", disse Gene McGillian, analista da Tradition Energy em Stamford. "Mas caímos para abaixo de US$ 50 o barril aparentemente sem dificuldades e o mercado vai estar atento aos movimentos perto deste nível de referência."
O prognóstico de recuperação da demanda ainda é pessimista, antevendo que o aumento no desemprego nos EUA deve enfraquecer a temporada de viagens no país durante o verão, quando geralmente o consumo de combustíveis aumenta. Esta perspectiva foi reforçada por um relatório semestral da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), no qual o órgão afirma que a economia norte-americana deve sofrer contração de 4% neste ano.
Outro fator negativo para os preços é o atual volume dos estoques de petróleo nos EUA. As reservas comerciais da commodity no país estão no maior nível em 16 anos, e analistas estimam que o Departamento de Energia norte-americano divulgará um aumento de 2,6 milhões de barris nos estoques em um relatório semanal que será divulgado na quarta-feira.
Às 17h30 (de Brasília), o American Petroleum Institute (API), uma das principais associações comerciais da indústria de petróleo e gás dos EUA, divulgará um relatório independente sobre as reservas comerciais de petróleo do país. As informações são da Dow Jones.
