O mercado de reflorestamento em Mato Grosso ainda é pequeno e o índice do avanço é ainda menor se comparado a produção brasileira. E enquanto a legislação ambiental continuar incerta e a carga tributária no estado continuar ‘elevadíssima’, o caminho para a estabilização da “Floresta Plantada” continuará longo e coberto de entraves.

Atualmente a indústria já fatura anualmente R$65 milhões ao ano e arrecada R$8,5 milhões em ICMS (Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços). Os valores são pequenos se comparados a indústria nacional, que contribui com até 4% do Produto interno Bruto (PIB). A região sudeste ainda é a campeã de produção para consumo interno e para exportação.

O Brasil já chega a exportar mais de R$ 6 bilhões ao ano e emprega um índice de 655, 542 empregos em todo o território nacional. Apesar dos números, a produção ainda não consegue corresponder à crescente demanda pelo material, em 67 milhões de m³ ao ano, colocando o país em 7º lugar no ranking mundial de produção de reflorestamento.

Esse índice, aliás, deixa visível a baixa produção estadual. Segundo o engenheiro florestal e professor da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat), o estado ainda não está visível no mercado nacional, o que é claramente observado em números de plantio. Por exemplo, em média geral a produção é de 3,75 milhões de hectares de eucalipto, enquanto MT a área plantada é de apenas 100 mil He.

Enquanto isso a média de fabricação segue acima do volume ofertado e o consumo de madeira no Brasil fica acima da média mundial. Um indivíduo ao ano, ‘consome’ 1,63m³ em oposição aos 0,5m³ do panorama. Por isso mesmo, agora o setor econômico volta sua visão para as questões ambientais e se preocupa com o reflorestamento. Acima de tudo, estão os interesses econômicos.