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Quarta-feira, 31 de julho de 2024

Notícias | Economia

Santelisa fecha acordo de dívida com bancos pequenos

Antes de assinar a venda de parte dos ativos para a Louis Dreyfus Commodities (LDC), na última segunda-feira, Santelisa Vale renegociou sua dívida com vários bancos pequenos. Esse acordo seria uma das exigências para que o negócio com a LDC fosse fechado e nasceu da polêmica entre a Santelisa Vale e o Banco Daycoval, que tentou, sem sucesso, no ano passado, o arresto judicial de açúcar dado como garantia de uma dívida. Os dois lados acertaram então uma renegociação, a Santelisa pagou parte da dívida e prorrogou o restante.


Surgiu então um padrão de acordo utilizado para outras instituições financeiras menores. A companhia não revela detalhes sobre quanto já foi renegociado da dívida total de R$ 3 bilhões e nem quantos bancos pequenos já fizeram acordos, mas deixa claro que é uma parcela mínima do passivo. As grandes instituições financeiras ainda definem um acordo paralelo, que deve prever a transformação de parte da dívida em ações da Santelisa Vale, algumas negociáveis, o que pode pulverizar ainda mais o controle acionário da segunda maior companhia sucroalcooleira do País.

Prazo

Ontem, a Santelisa e a LDC informaram que detalhes da nova estrutura da companhia só devem ser divulgados em 90 dias. Nesse período, será feita uma auditoria no conglomerado de usinas, irá ocorrer a definição da renegociação das dívidas com os grandes bancos e, principalmente, será realizado o processo de ampliação da participação acionária de 7% para 20% do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) na empresa, com a injeção de R$ 500 milhões na Santelisa Vale.

Nos próximos três meses, os executivos das empresas devem permanecer em silêncio sobre detalhes da operação, que irá dar parte do controle acionário e, provavelmente, o controle administrativo da Santelisa Vale à multinacional francesa. “Infelizmente eu não posso falar nada sobre isso, apesar de o negócio já ter sido divulgado. Temos um acordo de confidencialidade sobre esses detalhes”, afirmou à Agência Estado Luiz Biagi, principal acionista da Santelisa Vale.

Enquanto isso, a safra 2009/2010 começa a ser processada nas principais usinas do grupo sucroalcooleiro. Na segunda-feira, dia da assinatura do acordo com a LDC, teve início a moagem na Usina Continental, em Colômbia (SP), da qual a Santelisa Vale detém 65% do controle.
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