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Quinta-feira, 01 de agosto de 2024

Notícias | Economia

FMI: AL está muito melhor do que Europa emergente

A América Latina está "muito melhor posicionada" em relação a necessidade de financiamento em comparação a outras economias emergentes e também em comparação a crises passadas. A avaliação é do conselheiro e diretor do Departamento Monetário e de Mercado de Capitais do Fundo Monetário Internacional (FMI), José Viñals. "O trabalho realizado nestas economias mostra indicadores 'de força' que reduzem a necessidade de financiamento", afirmou, durante entrevista na sede da entidade, em Washington.


Para os países que necessitam de ajuda, como devem ser os da Europa emergente, disse o executivo, o FMI também está "melhor posicionado do que nunca". Na América Latina, Viñals afirmou que os indicadores que denotam força são a construção de reservas internacionais, com consequente redução da vulnerabilidade externa e, em muitos casos, a transformação de déficits em superávits, passos em direção à "melhora do sistema financeiro" na região.

No Relatório de Estabilidade Financeira Global (GFSR, na sigla em inglês), o Fundo projetou aumento das necessidades de financiamento para US$ 1,8 trilhão neste ano e para US$ 2 trilhões até 2012. A maior parte dos valores está relacionado a obrigações contraídas pelo setor privado, incluindo instituições financeiras.

Os países emergentes da Europa têm as maiores necessidades de financiamento entre todas as economias emergentes do mundo. Como parcela do PIB em dólares, para 2009 as necessidades de financiamento estimadas são de 23% para a Europa emergente; 9% para a Ásia; e 8% para a América Latina, de acordo com o relatório do FMI.

Diante do fato de que as obrigações da Europa emergente são grandes tanto em termos absolutos como em comparação ao nível de reservas internacionais locais, o financiamento no mercado doméstico não deve ser um substituto suficiente. Nestes casos, ponderou Viñals, o aumento de recursos do FMI e o desenvolvimento, pelo Fundo, de novas linhas de financiamento, incluindo a Linha de Crédito Flexível (FCL), são elementos que "podem ajudar" estes países a implementar medidas necessárias para voltarem a ter "saúde econômica e financeira".
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