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Quinta-feira, 01 de agosto de 2024

Notícias | Economia

Economistas dos EUA pedem divisão de bancos grandes

Ao invés de injetar dinheiro do contribuinte em grandes e complexas instituições, é hora de o governo dos EUA tomar medidas radicais e dividi-las em empresas menores e mais transparentes, disseram importantes economistas a congressistas dos EUA.


"Temos pouco a perder, e muito a ganhar, dividindo esses hipopótamos, que não apenas são muito grandes para quebrar como também muito grandes para proteger e muito grandes para gerenciar", disse o Prêmio Nobel de 2001 e professor da Universidade de Columbia Joseph Stiglitz, um dos participantes da audiência do Comitê Econômico Conjunto do Congresso dos EUA, nesta terça-feira. Ele argumentou que o setor financeiro dos EUA é simplesmente muito grande e instituições gigantescas estão mais suscetíveis a assumir riscos excessivos que poderão se voltar contra os contribuintes e distorcer os mercados.

De forma similar, o professor do Instituto de Tecnologia de Massachusetts e do Instituto Peterson para Economia Internacional Simon Johnson argumentou que os formuladores de política precisam revisar regras antitruste para evitar o desenvolvimento de instituições financeiras muito grandes. Os bancos devem ser vendidos para novos investidores de private equity e divididos, afirmou Johnson, acrescentando que os bancos podem ser vendidos em pedaços médios e divididos regionalmente ou por tipo de negócio, para evitar concentração de poder.

"Isso pode parecer uma medida cruel e arbitrária, mas é a forma mais direta de limitar o poder das instituições individuais, especialmente em um setor que, conforme o ano passado mostrou, é ainda mais crítico para a economia como um todo do que qualquer um imaginava", disse Johnson. Ele também pediu por limites na remuneração de executivos para todos os bancos que recebem ajuda do governo, inclusive aqueles que se beneficiam de programas do Federal Reserve.

O presidente do Federal Reserve de Kansas City, Thomas Hoenig, também criticou a resposta do governo federal à crise, afirmando que as medidas se concentraram demais em salvar empresas grandes como a American International Group (AIG). "Nossas ações até o momento têm o risco de prolongar a crise, ao mesmo tempo que aumentam o custo e levantam sérias questões sobre como nós podemos eventualmente desmontar esses programas sem criar outra crise financeira tão ruim ou pior do que a que enfrentamos atualmente", afirmou Hoenig.
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