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Quinta-feira, 01 de agosto de 2024

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FMI: economia americana vai começar a se recuperar em 2010

Os Estados Unidos vão começar a se recuperar da crise econômica em 2010, de acordo com as novas e pessimistas previsões do FMI (Fundo Monetário Internacional) divulgadas nesta quarta-feira.

Os Estados Unidos vão começar a se recuperar da crise econômica em 2010, de acordo com as novas e pessimistas previsões do FMI (Fundo Monetário Internacional) divulgadas nesta quarta-feira.


A economia americana começará a crescer até meados de 2010, mas esta recuperação será lenta: só chegará a 1,5% ao ano no quarto trimestre, segundo o Fundo em suas previsões econômicas mundiais de primavera (Hemisfério Norte).

"Em 2009 a economia americana vai se contrair 2,8%", prevê a instituição de Washington, reduzindo novamente as previsões para a primeira economia mundial.

"O ritmo da degradação cairá de qualquer forma no segundo trimestre e posteriormente", advertiu.

O Fundo previa ainda em março uma queda de 2,6% do PIB em 2009 e uma recuperação de 0,2% em 2010. Em janeiro, a queda da economia americana estava prevista em 1,6% para 2009 e uma recuperação no ano seguinte.

"Os Estados Unidos estão no centro da crise e em plena recessão grave, tanto por causa da seca do crédito como de uma forte queda dos preços imobiliários e da Bolsa, e de uma grande incerteza", destacou o FMI.

A instituição internacional é muito mais pessimista que o Federal Reserve, que revisou em baixa as previsões no mês de abril, sem citar números.

O Fed destacou que esperava uma queda progressiva do PIB até a estabilização no segundo semestre do ano e um avanço lento em 2010.

Vários diretores do banco consideraram recentemente que a recuperação não estava mais tão distante. Alguns inclusive chegaram a falar que a economia poderia voltar a crescer, embora lentamente, a partir do terceiro trimestre.

Mas, para o FMI, "o retorno à normalidade dos mercados financeiros foi muito mais lento do que se acreditava há alguns meses".

Embora haja possibilidade de as coisas melhorarem, caso o setor bancário se recupere rapidamente, também há "riscos notáveis de as coisas piorarem, diante da possível intensificação das interações negativas entre a economia real e a esfera financeira".

Entre estes riscos, o Fundo enumerou o fato de os preços do setor imobiliário continuarem caindo e as dificuldades dos bancos.

O FMI mencionou também o risco de deflação que pode aumentar o peso do endividamento e uma queda mais acentuada que o previsto da demanda mundial.

O Fundo apostou na queda do PIB mundial de 1,3% em 2009 e uma recuperação "parcial" de 1,9% em 2010.

O FMI ressaltou que o plano de estímulo fiscal de 787 bilhões de dólares ao longo de três anos promulgado pelo presidente Barack Obama contribuirá para sustentar a economia em 2009 e 2010, mas insiste na importância de "estimular a demanda privada e de livrar os bancos de seus ativos tóxicos".

Sobre este aspecto em particular, o FMI considerou que o plano anunciado pelo Tesouro americano é uma etapa útil, mas considerou que seu sucesso ainda é incerto e precisa da colaboração dos bancos.

Para restabelecer a confiança, o FMI recomendou ao governo americano que não hesite em recapitalizar ainda mais o capital dos bancos em dificuldades, inclusive embora tenha de se tornar "acionista majoritário".
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