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Sexta-feira, 02 de agosto de 2024

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Iedi lembra que desemprego cresce, mas poder de compra do salário continua estável

O Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi) divulgou hoje (24) análise técnica na qual minimiza o salto de 0,5 ponto percentual no índice de desemprego de fevereiro para março e diz que o aumento “não é tão superior” em relação a anos recentes.


O índice saiu de 8,5% em fevereiro para 9% em março. Em 2006 e em 2007, a variação foi de 0,3 ponto percentual nos mesmos meses.

Para o Iedi, tem mais peso levar em conta que o rendimento médio real do trabalhador permaneceu estável em março, com o poder de compra preservado, a despeito da situação econômica adversa.

O instituto destacou o aumento de 0,7% da População Economicamente Ativa (PEA) em março, comparado a fevereiro, depois de quatro meses consecutivos de recuos, e mostrou que mais pessoas têm se apresentado no mercado de trabalho em busca de ocupação, o que ocorre regularmente nos meses de março.

Pela análise do Iedi, os resultados sobre desemprego referentes ao mês passado, “não são os melhores registrados na série de emprego para um mês de março, o que mostra que o mercado de trabalho vem sofrendo com a crise”. Mas, consideradas as retrações ocorridas nos setores produtivos da economia, “o resultado deve ser relativizado e visto como positivo”.

Já o professor de economia da Trevisan Escola de Negócios, Alcides Leite, lembra que o aumento da taxa de desemprego no primeiro trimestre de cada ano é natural, uma vez que a produção industrial e o comércio sofrem retração no período imediato à euforia de compras de fim de ano.

Ele acrescenta, no entanto, que o aumento do desemprego nos três primeiros meses de 2009, com o índice alcançando 9% nas contas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), “foi além do mero efeito sazonal”, em virtude das demissões provocadas pela crise financeira na virada do ano, sobretudo no setor industrial.

Alcides Leite acredita que a taxa de desocupação começará a recuar nos próximos meses, por causa da gradativa recuperação de alguns setores da atividade produtiva na segunda metade do ano. Para ele, a trajetória do índice de desemprego em 2009 ficará acima do que foi registrado em 2008.

Os técnicos do Iedi têm visão semelhante. “Se não há sinais inequívocos de melhora, pelo menos o mercado de trabalho urbano mostra que houve recuo da forte deterioração do emprego, verificada na passagem de 2008 para 2009".



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