Olhar Direto

Sexta-feira, 02 de agosto de 2024

Notícias | Economia

Brasil admite ampliar prazo da dívida de Itaipu para 2040, diz Lobão

O ministro Edison Lobão (Minas e Energia) disse ontem que o prazo do acordo da dívida que o Paraguai tem com o Brasil, relativa à construção da usina binacional Itaipu, pode ser ampliado. Os países estão discutindo alterações no tratado relativo à usina, e o Paraguai reivindica que o Brasil aumente o valor pago pela energia importada.


Lobão afirmou considerar a proposta paraguaia injusta, e voltou a dizer que o Brasil não vai ceder muito na negociação.

"A dívida estará totalmente paga em 2023, e o que se pode fazer, hipoteticamente, é reduzir as prestações do pagamento e ampliar o prazo de resgate para 2030 ou 2040", afirmou, ao chegar à cerimônia que marca o início da produção na área de Tupi, na camada pré-sal da bacia de Santos.

Segundo o ministro, a extensão do prazo seria parte da política de boa vizinhança com os demais países da América do Sul. "É um país irmão. Podemos ajudar, reduzindo as prestações ou ampliando os prazos, desde que haja justiça nos pleitos dos paraguaios."

Um tratado firmado em 1973 entre os dois países define que a energia gerada seja dividida entre os dois países. Como o Paraguai utiliza apenas 5% dos 14.000 MW (megawatts) da capacidade da unidade, vende o excedente a preço de custo para o Brasil. Cerca de 20% do consumo brasileiro de energia elétrica é oriundo de Itaipu.

Os paraguaios querem que o Brasil pague mais pela energia importada. O preço de custo é uma espécie de compensação pelo fato de o Brasil ter bancado grande parte da obra, e segundo o contrato, será mantido até 2023. Lobão lembrou que o país paga US$ 45 por MW/h (megawatt/hora), embora os paraguaios sustentem que o valor é bem menor.

Entre no nosso canal do WhatsApp e receba notícias em tempo real, clique aqui

Assine nossa conta no YouTube, clique aqui
 
Sitevip Internet